CNMA: oportunidade de debate e de falar da liderança feminina

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Olá, queridas leitoras,

Por Juliana Farah

Hoje gostaria de falar com vocês sobre um dos maiores eventos do Brasil e de enorme relevância às mulheres que trabalham no campo. Trata-se do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), realizado nos dias 22 e 23 de outubro, com tema “CNMA 10 + 10 | 2025-2035: Mulheres que mudam o mundo para melhor”.

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Tive a feliz oportunidade de ser uma das palestrantes. “Semeando a Liderança Feminina no Agronegócio: o legado das mulheres para um setor em evolução” possibilitou falar de oportunidades, futuro, legado e das realizações e transformações que a Comissão Semeadoras do Agro da Faesp tem proporcionado.

É nítido que as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaços no mercado de trabalho, inclusive em áreas antes dominadas por homens, sobretudo no agronegócio, mas essa conquista ainda enfrenta muitos desafios. O principal deles é a falta de representatividade: mesmo sendo maioria na população, nos lares e no ensino superior, as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança e espaços políticos, o que dificulta a inclusão efetiva das pautas de gênero na sociedade.

Assim é que embora seja relevante e significativa a participação feminina nas atividades agropecuárias, aspectos culturais e normas sociais fizeram com que a contribuição econômica das mulheres na produção fosse ignorada e mantivesse o status de seu trabalho como último a ser mais respeitado e valorizado.

Em razão disso, se estabeleceu uma desigualdade de gênero ainda mais percebida no meio rural. Portanto, ainda há barreiras que precisamos derrubar. A jornada da mulher no campo ainda é marcada por desafios significativos que exigem um esforço conjunto, de toda a sociedade, para serem superados. Os desafios podem ser divididos e percebidos em três garantes categorias: culturais, estruturais e pessoais.

Esses assuntos já foram discutidos e trazidos à luz do debate neste espaço, como também em nossas ações no interior do estado de São Paulo. Não é por outra razão que temos falado tanto em rede de apoio e contatos, incentivo ao autoconhecimento, cursos de capacitação e fortalecimento de ações de organismos em prol de políticas inclusivas às mulheres, especialmente para as que trabalham no campo.

Tudo isso resulta em melhoria de vida. Primeiro a autoestima, em seguida oferecendo ferramentas de instrução e ensino para autonomia e empreendedorismo, e por fim, mas não menos importante, valorizando-as e tirando-as da invisibilidade.

Somente dando as mãos umas às outras é que vamos conseguir caminhar rumo à realização pessoal, liderança e à transformação da nossa sociedade.

Com carinho, Juliana Farah, presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)

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