Três mitos sobre sexo que a ciência está ajudando a derrubar

Embora muitas pessoas ainda se sintam desconfortáveis falando de sexo, todo relacionamento se beneficia de boa comunicação e de informações confiáveis. É por isso que uma nova leva de estudos comportamentais está ajudando a desmentir alguns dos principais e mais persistentes mitos sobre as relações sexuais. É o que aponta um artigo publicado no The Wall Street Journal, focado em três tópicos polêmicos:

Fazer mais sexo é melhor

A afirmação não está incorreta, mas é preciso contextualizar. Há uma noção de que quanto mais sexo um casal fizer, mais feliz ele será. Mas um novo estudo publicado no periódico científico Nature Reviews Psychology contesta essa noção. A partir da análise de outros 279 estudos sobre sexualidade publicados anteriormente, o grupo de pesquisadores da Reichman University de Israel apontam que casais que fazem sexo uma vez por semana são mais felizes que aqueles que praticam o ato com menor frequência. A surpresa está em outro dado: casais mais “empolgados”, que fazem sexo mais do que apenas uma vez por semana, não reportaram maior felicidade. Ou seja, fazer sexo mais de uma vez por semana não significa que a felicidade vai crescer no mesmo ritmo. Segundo os cientistas, casais dizem se sentir mais conectados no relacionamento dias depois do sexo, o que sugere que uma vez por semana seria suficiente. Lembrando, claro, que relacionamentos são diferentes e não se trata de uma fórmula exata.

É recomendável manter suas fantasias secretas

Nem sempre. Pesquisas recentes apontam que 97% da população tem algum tipo de fantasia sexual. Os terapeutas, no entanto, costumam recomendar que essas fantasias sejam mantidas em segredo, já que poderiam causar rusgas ou até prejudicar um relacionamento de forma irremediável. Novas pesquisas apontam o contrário. Segundo Justin Lehmiller, do Kinsey Institute, casais têm reportado satisfação maior depois que compartilharam algumas de suas fantasias entre si.  Essa cumplicidade pode aumentar o prazer na cama e estreitar os laços de afeto e união. Lehmiller aponta, no entanto, que é importante ter consciência de que nem todas as fantasias devem (ou precisam) ser compartilhadas. É preciso ter bom sendo e entender quais podem provocar atritos, em vez de melhorar a relação.

O melhor sexo é sempre espontâneo

Não necessariamente. Ao contrário do que mostram os filmes de Hollywood, em que casais apaixonados costumam se render ao sexo muitas vezes em momentos surpreendentes, um pouco de planejamento pode fazer bem. Uma pesquisa que será publicada em breve aponta que sexo planejado pode ser tão bom – ou até melhor – do que o espontâneo. Dados coletados por profissionais da York University em Toronto, no Canadá, indicam que planejar noites românticas aumenta a expectativa. E mostra que como outras decisões importantes da vida, o planejamento mostra que o sexo também é prioridade. Além disso, experiências positivas fizeram com que casais planejassem noites românticas com mais frequência do que se dependessem apenas da espontaneidade.

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