Está em curso em Brasília, nestes dias, um alinhamento diferente de astros. O presidente Lula, que já indicou dois ministros ao STF no atual mandato — Cristiano Zanin, seu ex-advogado, e Flávio Dino, seu ex-ministro –, avalia indicar mais um auxiliar da gestão petista ao Supremo. Jorge Messias, o chefe da AGU, é o favorito ao posto.
Se for mesmo o escolhido de Lula, Messias terá de ser aprovado no Senado. Se conseguir o aval do Legislativo, ele se unirá a Zanin e Dino na Primeira Turma do Supremo. Lula conseguirá, com isso, ter a maioria de indicados por ele, no atual governo, no colegiado que julgará diferentes casos envolvendo opositores ao petismo e parlamentares variados metidos na crise das emendas.
A formação do trio de indicados de Lula foi possível porque Luís Roberto Barroso decidiu antecipar a aposentadoria no tribunal e porque Luiz Fux, como revelou o Radar, decidiu mudar de turma nesta terça.
Não quer dizer que Messias, Zanin e Dino irão formar um trio para votar a favor do governo Lula em questões de interesse do Planalto, mas esse “alinhamento de astros” — e a mera possibilidade de que isso venha a ocorrer — já alerta caciques importantes dentro e fora do Parlamento em Brasília.