O que dá para concluir da boa atuação e goleada do Brasil sobre a Coreia do Sul

Em preparação para a Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira goleou a Coreia do Sul no primeiro de seis amistosos antes do mundial. Por 5 a 0, o time de Ancelotti venceu e convenceu contra a equipe asiática na manhã desta sexta, 10, e esboçou possíveis cenários em vista da busca pelo hexa. Na próxima terça, 14, o Brasil volta a campo contra o Japão em Tóquio às 7h30 (horário de Brasília) para mais um amistoso. 

Apesar da Coreia do Sul não ser um adversário de ‘primeiro escalão’, é apenas a 23ª no ranking da Fifa, o triunfo do Brasil diante de uma equipe mais fechada já mostra evolução. Contra as duas linhas de defesa do Paraguai, nas Eliminatórias Sul-Americanas, a pentacampeã não saiu do 1 a 0. A seleção asiática é mais ousada, pressionava a saída de bola canarinha, mas o goleiro Bento não sofreu em Seul.

Ancelotti entrou com Vini Jr., Rodrygo, Matheus Cunha e Estêvão no ataque; Casemiro e Bruno Guimarães no meio-campo; Gabriel Magalhães e Éder Militão na defesa; e os laterais Douglas Santos e Vitinho. O técnico italiano sofreu com lesões de nomes importantes, como Raphinha e Marquinhos para a convocação, mas resolveu bem as lacunas dando mais mobilidade ao ataque e solidez no meio campo e defesa.

Meio de campo consolidado e defesa encaminhada

Casemiro e Bruno Guimarães se firmam no meio-campo da seleção. Os volantes da Premier League, do Manchester United e Newcastle, respectivamente, foram convocados em todas as oportunidades por Ancelotti, e não foram titulares juntos apenas na derrota para a Bolívia na altitude, com a equipe já classificada para o mundial. O ex-Real Madrid voltou a seleção como nome de confiança do treinador dos tempos no time madrilenho. 

Ambos participaram diretamente nos dois primeiros gols do Brasil contra a Coreia, Bruno deu assistência para Estêvão e Casemiro para Rodrygo, e foram opções quando os donos da casa pressionaram a saída de bola.

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Lucas Paquetá também entra nessa conta, e forma um trio quando é necessário mais um jogador no meio-campo com três atacantes, ao invés de quatro. O jogador do West Ham voltou na última convocação de Ancelotti, após ser inocentado das acusações de manipulação de resultados para favorecer apostas esportivas.

Outros nomes já convocados por Ancelotti como possíveis substitutos no esquema tático são André, Joelinton, João Gomes e Andrey Santos de volante, e Andreas Pereira como o único outro meio-campista de ofício.

Entre os zagueiros, as lesões tiraram Marquinhos do PSG e Alexsandro do Lille dos amistosos na Ásia, mas foram nomes presentes nas outras convocações. Éder Militão e Gabriel Magalhães voltaram de lesões e ganharam a titularidade contra a Coreia, e fecham o quarteto principal da defesa. Nomes como Beraldo e Fabrício Bruno correm por fora na disputa pelas vagas. Em seis jogos sob o comando de Ancelotti, a seleção brasileira sofreu apenas um gol.

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Não faltam opções no ataque

O ataque do Brasil vive o dilema do excesso. São muitas opções disponíveis no último terço, com diferentes estilos de jogo. Vinicius Jr é talvez o mais consolidado pelo seu tempo de Real Madrid com Ancelotti, além de Rodrygo que retornou muito bem, bastante entrosado com o companheiro de clube, depois de não entrar nas primeiras convocações. Raphinha do Barcelona vem da sua melhor temporada na carreira e ficou fora dos amistosos asiáticos por lesão. Estêvão e Luis Henrique também entraram bem pela direita na equipe do italiano, e Martinelli pelo outro lado como faz no Arsenal.

João Pedro do Chelsea e Matheus Cunha do Manchester United ambos fazem a função de centroavante, mas como um falso 9. Ambos ficaram de fora de convocações de Ancelotti apenas por conta de lesões, mas quando foram chamados deram mais mobilidade ao ataque brasileiro. Richarlison aparece como o típico centroavante de presença de área e tem a seu favor o tempo de Everton sob comando do italiano, mas sem grandes atuações pela amarelinha. Igor Jesus apareceu na última lista para aumentar a concorrência na posição. 

Antony, Kaio Jorge e Samuel Lino também já foram chamados, além de um possível retorno de Endrick, conhecido de Carletto do Real Madrid, mas sem jogar no time de Xabi Alonso. E ainda resta a dúvida: há espaço para Neymar?

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