Sustentabilidade, COP 30 e os novos rumos ao agronegócio

JULIANA FARAH

Olá, queridas leitoras,

Hoje gostaria de falar com vocês de um tema cada vez mais presente nas discussões sobre o futuro da sociedade: a sustentabilidade.

A crescente atuação das mulheres no agronegócio brasileiro representa uma transformação poderosa que está redefinindo os rumos da produção rural, além de contribuir significativamente para a economia.

Em um setor historicamente dominado por homens, as mulheres vêm conquistando espaço não apenas na gestão de propriedades, mas também na liderança de iniciativas sustentáveis, na inovação tecnológica e na articulação de políticas públicas.

Essa presença, marcada por sensibilidade, visão estratégica e compromisso com o meio ambiente, torna-se ainda mais relevante diante dos desafios globais que serão debatidos na COP 30, marcada para novembro, em Belém.

A escolha da capital do Pará como sede carrega um simbolismo potente: a Amazônia, coração da biodiversidade mundial, será palco das discussões sobre o futuro climático do planeta.

Nesse contexto, o papel das mulheres no agronegócio ganha destaque, pois estão à frente de práticas agroecológicas, sistemas de produção regenerativa e projetos de conservação que conciliam produtividade com preservação ambiental.

Falar de sustentabilidade no campo não é debater uma tendência, mas uma necessidade urgente que estabelecerá novas bases da alimentação e do modo de vida das próximas gerações.

E são as mulheres que, em diversas regiões do Brasil, têm liderado essa transição. Elas promovem o uso racional da água, a recuperação de áreas degradadas, a diversificação de culturas e a valorização do conhecimento tradicional.

As mulheres são agentes de mudança essenciais na agricultura sustentável, pois impulsionam a adoção de práticas que criam um equilíbrio entre a produção e a conservação, buscando um sistema alimentar mais resiliente.

Ao combinar saberes tradicionais com tecnologias modernas, elas se utilizam de iniciativas que garantem alimentos saudáveis para a família e a preservação da natureza.O impacto desse trabalho vai além do campo, resultando em maior produtividade, redução da pobreza e segurança alimentar para todos.

Em suma, a atuação das mulheres no agronegócio não é apenas uma questão de equidade, mas uma estratégia inteligente para enfrentar os desafios ambientais do século 21.

A COP 30, ao reunir líderes mundiais em solo amazônico, tem o dever de colocar essas protagonistas no centro das decisões. Afinal, construir um futuro sustentável exige ouvir quem já está cultivando esse futuro todos os dias — com coragem, sabedoria e mãos na terra.

Contem com a Semeadoras do Agro para isso.

Com carinho, Juliana Farah, presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *