Desde a abertura, em maio, a exposição A Ecologia de Monet levou 410 mil pessoas ao Museu de Arte de São Paulo, o Masp, e bateu um recorde histórico: é, agora, a mostra mais vista da instituição, ultrapassando a exposição arrasa-quarteirão da Tarsila do Amaral, que arrebanhou um público de 402 mil visitantes em 2019 e ocupava a liderança do ranking até então.
Antes da brasileira, o posto pertencia, justamente, ao impressionista francês: a estreia de Claude Monet (1840-1926) no MASP, com uma mostra individual em 1997, foi por décadas a mais visitada da instituição, com pouco mais de 400 mil visitantes — antes de ser ultrapassada pela exibição da modernista Tarsila. Com o sucesso da nova mostra dedicada ao francês, o museu prorrogou o período de exibição, e a mostra fica em cartaz até o dia 6 de setembro — com horário ampliado e novas faixas gratuitas na última semana em cartaz.
Contando com 32 pinturas, grande parte delas em exibição pela primeira vez no Hemisfério Sul, a retrospectiva do impressionista francês tem um enfoque emblemático: examinar a relação de amor do pintor com a natureza. Dividida em blocos temáticos que ocupam todo o primeiro andar do edifício Lina Bo Bardi, ela passeia pelo amor do artista por seu célebre jardim em Giverny, no interior da França, exibe lado a lado três magníficos quadros das ninfeias que consagraram Monet, e vai muito além: inúmeras obras testemunham seu espírito de “caçador” de paisagens naturais e seu pioneirismo em registrar os efeitos do progresso humano — como a poluição da era da Revolução Industrial em Londres, no século XIX.