Janaína Araújo é presidente da LÉKÈ, uma empresa que carrega o DNA feminino em sua essência

por Janaína Araújo

Janaína Araújo nasceu no sertão da Paraíba e se mudou para São Paulo aos 13 anos de idade. Hoje, aos 47, é mãe da Beatriz, de 21, e presidente da LÉKÈ, uma empresa que carrega o DNA feminino em sua essência. Criada em um ambiente patriarcal, a empresária revela que presenciou diariamente desde criança o desenrolar de atitudes desiguais dentro da própria família e mesmo sem entender bem, sentia desde sempre um incômodo. E afirma: “Eu sempre achei que queria igualdade entre homens e mulheres. Aos 43 anos, entendi que na verdade, a minha busca sempre foi pela equidade, que é bem diferente da igualdade”.

Janaína compreende que é necessário participar ativamente da difusão de políticas públicas, campanhas de conscientização da sociedade e ações por parte das organizações privadas, sendo fundamental que se continue combatendo as desigualdades de gênero e desenvolvendo espaços mais diversos. A empresária viu a possibilidade de contribuir para o empreendedorismo feminino a partir de experiências profissionais e interpessoais entre mulheres através do turismo corporativo, crescente no mercado. Em março deste ano, o faturamento do turismo à trabalho teve um aumento de 44%, movimentando R$1,28 bilhões na economia e ampliando as possibilidades de aprendizado e conexões no mercado de trabalho.

Juntamente ao Grupo Xaluca, idealizou o Desert Women Summit Brasil, convenção imersiva no Marrocos destinada a empresárias engajadas no tema a fim de se conectarem umas às outras e juntas, lutar por mudanças efetivas. Na última edição, o summit contou com palestras de líderes como Luiza Helena Trajano e Chieko Aoki, que dividiram suas experiências com outras mulheres e debateram temas importantes como políticas públicas e desigualdade salarial, além de questões interpessoais como saúde mental e espiritualidade.

O evento leva à debate temas como equidade de gênero, ESG, políticas públicas e saúde integrativa. Janaína define que o projeto visa quebrar paradigmas entre as mulheres e incentivá-las a serem as protagonistas de suas próprias vidas e que o apoio umas às outras, facilite esse processo:
 

“É o nosso momento de nos unirmos para que a gente tenha uma sociedade melhor, para que as mulheres reflitam e entendam o valor que elas têm. A nossa ideia não é competir com os homens, mas que a gente consiga andar lado a lado, que nós, de fato, consigamos ter essa igualdade”.

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