Está prestes a alcançar a marca simbólica de 10 mil assinaturas o abaixo-assinado virtual que pede o afastamento do delegado Vinícius Martinez, acusado de causar a morte da adolescente Katrina Bormio Silva Martins, de 16 anos, durante a 46ª Festa do Peão de Promissão. Até a divulgação desta matéria, o documento já contava com 9.918 assinaturas. A petição pode ser acessada no site: https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR143537.
A mobilização foi criada por familiares, amigos e moradores da cidade, que cobram providências da Secretaria de Segurança Pública, do Ministério Público e do Poder Judiciário. O abaixo-assinado afirma que o delegado não possui os atributos necessários para continuar exercendo a função pública e pede seu imediato afastamento.
Segundo a denúncia, o delegado estaria embriagado quando efetuou quatro disparos de arma de fogo durante o evento, em 4 de agosto de 2024. Uma das balas atingiu Katrina, que aguardava o pai nas proximidades da festa. O caso gerou forte comoção e protestos em Promissão e em toda a região.
Decisão judicial: Júri Popular
No dia 2 de julho de 2025, o juiz Renan Santos, da Comarca de Promissão, acolheu denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Ely Bernal e decidiu levar o delegado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Martinez responderá por homicídio com dolo eventual, com duas qualificadoras: impossibilidade de defesa da vítima e perigo comum, já que os tiros foram disparados em meio a uma multidão.
Conforme os autos, o delegado teria interferido de forma injustificada em uma abordagem policial que transcorria de maneira controlada, colocando diversas pessoas em risco. O Ministério Público aponta ainda que o acusado estava sob efeito de bebidas alcoólicas e assumiu o risco de provocar uma tragédia.
Clamor por justiça
A campanha virtual por justiça para Katrina tem se espalhado pelas redes sociais, reunindo o apoio de milhares de pessoas. Para os organizadores do abaixo-assinado, o afastamento do delegado é fundamental para assegurar a isenção nas investigações e a confiança da sociedade no processo.
“A permanência dele no cargo representa um risco à credibilidade das investigações e ao sentimento de justiça da comunidade”, diz trecho do manifesto.
Matéria: Diário da Noroeste
