Sustentabilidade e o protagonismo feminino

JULIANA FARAH

Olá, queridas leitoras,

Por Juliana Farah

Hoje gostaria de falar com vocês de um tema atual e que tem norteado o agronegócio nacional: sustentabilidade. Seu significado carrega a importância e a relevância do setor, primordial à economia do país.

Dentre vários assuntos que tenho trazido aqui, este não poderia ficar de fora. A presença das mulheres no setor agropecuário tem se mostrado cada vez mais essencial para a consolidação de práticas sustentáveis no campo.

Elas representam não apenas força de trabalho, mas são agentes de transformação que incorporam uma visão mais integrada entre produção, meio ambiente e comunidade.

Em muitas propriedades rurais, especialmente as de base familiar, são as mulheres que tomam a frente da gestão, introduzindo métodos de cultivo sustentável, diversificação produtiva e ações voltadas para a segurança alimentar e o cuidado com os recursos naturais.

As produtoras rurais tendem a adotar práticas com menor impacto ambiental, como o uso racional da água, rotação de culturas, agroecologia e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Além disso, estão na linha de frente na preservação de nascentes, na recuperação de áreas degradadas e na valorização de saberes tradicionais, promovendo a biodiversidade e o uso consciente da terra.

O protagonismo feminino também se reflete na preocupação com a saúde da família, o bem-estar dos animais e a produção de alimentos livres de agrotóxicos, gerando impactos positivos na sustentabilidade social e ambiental das comunidades rurais.

Programas de capacitação e políticas públicas voltadas às mulheres do campo têm ampliado sua atuação em espaços de liderança e tomada de decisão.

No Brasil, iniciativas como a Comissão Semeadoras do Agro da Faesp e projetos do Senar têm fortalecido o empreendedorismo feminino rural, o que contribui diretamente para uma agricultura mais resiliente, ética e adaptada às exigências do mercado atual, que valoriza a rastreabilidade e os critérios ESG.

As mulheres têm liderado projetos que unem sustentabilidade, geração de renda e empoderamento, transformando o campo em um espaço mais justo e equilibrado.

Reconhecer o papel estratégico das mulheres no agro é mais do que uma questão de igualdade: é uma necessidade diante dos desafios ambientais e climáticos enfrentados pelo setor.

A sustentabilidade no campo depende de uma gestão mais sensível, participativa e diversa — e as mulheres, com sua visão sistêmica, têm contribuído de forma decisiva para garantir a produção de alimentos de forma equilibrada, sustentável e com responsabilidade social.

Fortalecê-las é investir no futuro do agro brasileiro.Contem com a Semeadoras do Agro para isso.

Com carinho, Juliana Farah, presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)

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