Em cidades do interior, onde o senso de comunidade ainda prevalece, tragédias costumam gerar comoção coletiva. Recentemente, um caso de grande repercussão nacional trouxe à tona questões delicadas sobre o sofrimento humano, o abuso emocional e a responsabilidade da mídia.

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O pai de uma jovem brutalmente assassinada recebeu a notícia da identidade do suposto assassino de forma abrupta e inesperada, durante uma transmissão televisiva. A cena chocou espectadores, pois ficou evidente que aquele homem, já devastado pela perda irreparável da filha, sofreu um impacto emocional ainda maior ao ser confrontado ao vivo com uma revelação que deveria ter sido feita com cuidado e respeito.

Para quem assistiu ao momento, foi impossível não se colocar no lugar desse pai. Como ele poderia reagir diante de um golpe tão brutal? A dor do luto, que já é insuportável, foi agravada por um choque emocional inesperado. Em situações assim, é fundamental que a pessoa tenha apoio profissional para lidar com o trauma.

A terapia, nesse contexto, não é apenas um suporte, mas uma necessidade.

O acompanhamento terapêutico auxilia na elaboração da dor, evitando que o sofrimento se torne um fardo insustentável. Além disso, ajuda a restaurar um mínimo de equilíbrio emocional diante de uma perda tão violenta. Não se trata de apagar a dor, mas de encontrar caminhos para seguir em frente com menos sofrimento. Carl Jung dizia que “quem olha para fora sonha, mas quem olha para dentro desperta”. O processo terapêutico permite esse olhar interno para que a pessoa compreenda e reelabore sua dor.

Do ponto de vista teoterapêutico, o luto e o trauma podem ser trabalhados com base na esperança e no consolo espiritual. A Bíblia nos ensina em Mateus 5:4: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”. Essa promessa nos lembra que Deus está presente mesmo nos momentos mais sombrios, trazendo conforto para os corações quebrantados. A espiritualidade pode ser um recurso poderoso para ressignificar a dor e encontrar forças para continuar.

Além disso, a Teoterapia psicanálitica nos ajuda a entender que o trauma não se trata apenas do evento em si, mas da maneira como ele é registrado no psiquismo. Freud enfatizava que “ao recordar, repetimos”. Ou seja, sem um trabalho terapêutico adequado, o pai dessa jovem pode reviver indefinidamente o momento em que recebeu a notícia, ampliando ainda mais seu sofrimento. A intervenção psicológica auxilia na elaboração do trauma para que ele não se transforme em uma prisão emocional.

Mas essa história também nos leva a uma outra reflexão: qual é o peso de nossas escolhas? A apresentadora que trouxe essa notícia ao pai, sem aviso prévio, certamente não imaginou a magnitude do impacto que causaria. O que a levou a agir dessa forma? Será que, em meio à pressão por audiência e repercussão, perdeu-se o senso de humanidade e empatia? E como seria a vida dessa profissional, lidando com tamanha pressão, tentando manter a carreira, ao mesmo tempo em que enfrenta duras críticas?

Esses questionamentos são importantes para que possamos refletir sobre como tratamos a dor do outro. Em tempos de redes sociais e notícias instantâneas, talvez seja hora de resgatar valores essenciais como empatia e responsabilidade emocional. E, acima de tudo, lembrar que o sofrimento humano precisa ser tratado com respeito e acolhimento, não como um mero espetáculo midiático.

Provérbios 18:21: “A morte e a vida estão no poder da língua”. Que possamos usar nossas palavras para edificar e confortar, e não para ferir ainda mais aqueles que já estão machucados.

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Valcelí Leite

Teoterapeuta – Terapeuta Familiar Sistêmico – Pastor Atendimento a casais e famílias que passam por problemas e dificuldades momentâneas e situações fora de seu controle.

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Nascido em Assis, São Paulo, e atualmente residente em Marília há doze anos, brasileiro. Ele tem sido presidente da ABRATHEO desde 2023 até o presente. Possui graduação em Fisioterapia e é pós-graduado em Acupuntura pela CEATA. Também possui pós-graduação em Terapia Familiar Sistêmica pela Faculdade Iguaçu-PR, Cognitive Behavioral Therapy pelo CBI/Miami-US e Terapia Cognitivo Comportamental pelo Centro Universitário Celso Lisboa/RJ. Além disso, possui um MBA em Teoterapia e Competência Emocional pela Adverbum/PR. Atualmente, atua como Teospicoterapeuta, trabalhando com casais e famílias que enfrentam problemas temporários e precisam de orientação. Ele ministra palestras em todo o Brasil, abordando temas como Educação de Filhos, Internet: um território a ser descoberto pelos pais, Vida Conjugal e A ciência do bem-estar – Evitando a Ansiedade. Anteriormente, ele ocupou o cargo de Superintendente na instituição filantrópica I.E.A.R.C. por 17 anos, onde implantou e gerenciou filiais da instituição em várias regiões do Brasil. Possui experiência na gestão de treinamento de liderança, formação de equipes e palestras motivacionais em quatro estados brasileiros e mais de 30 cidades. Ele também participou e apresentou vários programas de rádio e TV em São Paulo e Salvador. Em Assis, ele implantou uma rádio comunitária e também produziu e gerenciou eventos de grande porte, com mais de 800.000 pessoas, cuidando da divulgação e contratação de prestadores de serviços para esses eventos.

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