Pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta para cuidados com a saúde pulmonar durante a estação
A Prefeitura de São Paulo anunciou a ampliação da vacinação contra a gripe para toda a população acima de seis meses a partir da próxima segunda-feira (19). A decisão ocorre em momento estratégico, com a chegada do outono e as recentes quedas bruscas de temperatura na capital, aumentam os casos de doenças respiratórias, impulsionados também pela baixa umidade do ar.
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A vacina contra a gripe está disponível nas 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados nas AMAs/UBSs Integradas. Segura e amplamente testada, ela é composta por vírus inativados, ou seja, não causa a doença, e tem como principal objetivo estimular o sistema imunológico a se proteger contra as cepas mais comuns do vírus influenza.
A recomendação é que todas as pessoas aptas se vacinem o quanto antes, especialmente os públicos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Segundo a pneumologista Dra. Sandra Guimarães, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a vacinação é uma das principais formas de prevenção das complicações respiratórias comuns nesta época do ano.
“As infecções respiratórias, incluindo a gripe, tendem a se agravar no outono, quando o ar está mais seco e frio. Isso favorece a proliferação de vírus e a permanência em locais fechados, aumentando o risco de contágio”, explica.
Segundo a médica, o corpo responde ao ambiente mais hostil tentando proteger as vias aéreas com mecanismos de defesa, como aumento da produção de muco e liberação de células inflamatórias. “É por isso que sintomas como coriza, espirros e rinite são tão comuns em períodos mais frios, principalmente entre os pacientes com doenças preexistentes, como asma. Essas reações podem evoluir para quadros infecciosos mais graves, como pneumonias, especialmente em pessoas com a imunidade mais baixa.”
Os sintomas de gripe costumam ser mais intensos e duradouros do que os de resfriados comuns. Febre alta, tosse persistente e falta de ar são sinais de alerta e indicam a necessidade de avaliação médica. “O quadro gripal pode durar de cinco a sete dias e comprometer inclusive o parênquima pulmonar, exigindo tratamento mais rigoroso. Já infecções causadas por vírus como adenovírus ou rinovírus tendem a ser mais brandas e autolimitadas”, esclarece a pneumologista.
Além da vacina, algumas medidas simples podem ajudar a reduzir os riscos de infecções: manter-se bem hidratado, evitar contato próximo com pessoas doentes, higienizar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados e, em casos específicos, utilizar máscaras e umidificadores de ar.
Dra. Sandra ressalta que o bom senso e o cuidado com a saúde respiratória são essenciais para atravessar o outono e o inverno sem grandes problemas. “A vacinação preventiva, aliada a hábitos básicos de higiene e atenção aos sinais do corpo, pode fazer toda a diferença, especialmente para aqueles com maior suscetibilidade.”
A população pode localizar a unidade de saúde mais próxima para se vacinar ou receber atendimento por meio da plataforma Busca Saúde: Link.