Setembro Lilás é o mês de conscientização da doença de Alzheimer e outros tipos de demência. A iniciativa busca ampliar o conhecimento do público em geral a respeito das doenças.
Atualmente, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com demência. O número de pessoas afetadas deve aumentar para 139 milhões até 2050. Segundo o relatório mundial de Alzheimer, o Brasil estará entre os mais afetados pela doença, uma vez que há maior incidência de casos em países populosos, de média e baixa renda. Além do Brasil, Índia, China, Nigéria e México devem apresentar os maiores números de casos. Esses países possuem outras características em comum: o aumento do número de pessoas idosas e um grande número de fatores considerados de risco, que também contribuem para agravar o quadro, como: doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes.

Fatores de risco
Existem diversos fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da demência e um deles é o aumento da idade. Embora a idade tenha influência no risco de surgimento da doença, a demência não é considerada parte normal do envelhecimento. Alguns fatores de risco podem ser modificados e outros não. A redução da pressão arterial, por exemplo, diminui o risco de acidente vascular cerebral. Já a idade ou histórico familiar não podem ser alterados.

Fatores modificáveis
Embora não seja possível alterar genes, existem mudanças que podem ser feitas e que ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento da doença. A Alzheimer’s Disease Internacional (ADI) listou 12 fatores de risco potencialmente modificáveis que podem prevenir ou retardar até 40% dos casos de demência caso haja uma mudança, como a prevenção primária do Alzheimer.

Veja a lista de atores de risco para demência, juntamente com sugestões de como combatê-los:

  • Sedentarismo: A atividade física regular é uma das melhores maneiras de reduzir o risco de demência. Praticar exercício é bom para o seu coração, circulação, peso e bem-estar mental.
  • Fumar: Fumar aumenta muito o risco de desenvolver demência. Com este hábito, você também está aumentando o risco de outras condições, incluindo diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral, câncer de pulmão e outros.
  • Álcool em excesso: A ingestão de álcool em excesso aumenta o risco de demência. O consumo nocivo de álcool é fator causal em mais de 200 condições de doenças e lesões.
  • Poluição do ar: Uma quantidade crescente de evidências e pesquisas mostram que a poluição do ar aumenta o risco de demência.
  • Ferimento na cabeça: As lesões na cabeça são mais comumente causadas por acidentes de carro, motocicleta e bicicleta; exposições militares; boxe, futebol, hóquei e outros esportes; armas de fogo e agressões violentas e quedas.
  • Contato social pouco frequente: Está bem estabelecido que a conexão social reduz o risco de demência. O contato social aumenta a reserva cognitiva e encoraja comportamentos benéficos.
  • Menos educação: Um baixo nível de escolaridade no início da vida afeta a reserva cognitiva e é um dos fatores de risco mais significativos para demência.
  • Obesidade: Particularmente na meia-idade, a obesidade está associada a um risco aumentado de demência.
  • Hipertensão: A hipertensão (pressão alta) na meia-idade aumenta o risco de demência de uma pessoa, além de causar outros problemas de saúde. A medicação para hipertensão é a única preventiva e eficaz conhecida para a demência.
  • Diabetes: O diabetes tipo 2 é um fator de risco para o desenvolvimento de demência futura. Não está claro se algum medicamento específico contribuí para isso, mas o tratamento do diabetes é importante por outros motivos de saúde.
  • Depressão: A depressão está associada à incidência de demência. A depressão faz parte do pródromo da demência (um sintoma que ocorre antes dos sintomas verificados ​​para o diagnóstico). Não está claro até que ponto a demência pode ser causada por depressão ou o inverso.
  • Deficiência auditiva: Pessoas com perda auditiva têm um risco significativamente maior de demência. O uso de aparelhos auditivos parece reduzir o risco.

Fonte: https://sbgg.org.br/

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