Encontro contou com os departamentos de Sustentabilidade e Jurídico e visou ação conjunta como forma de evitar crimes que vêm ocorrendo em Minas e que podem causar enormes prejuízos
Há pouco mais de um mês furtos de pés de café, de carga e até da fruta ainda no pé têm chamado a atenção da sociedade e causado preocupação de produtores rurais. A maioria dos casos vem de Minas Gerais, mas há ocorrências também no Espírito Santo e em São Paulo.
É por essa razão que a Comissão Técnica de Cafeicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) fez uma reunião para discutir medidas protetivas aos agricultores, tanto junto aos entes públicos quanto de modo particular em formato de rede de apoio. Na última semana o presidente Tirso Meirelles enviou ofícios ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e ao comandante-geral da Polícia Militar, José Augusto Coutinho, pedindo reforço nas regiões cafeeiras no período da colheita da safra.
Guilherme Vicentini, presidente do Sindicato Rural de Altinópolis e coordenador da Comissão, explica que ocorrências como as em Minas Gerais foram pontuais no município, mas ligaram o alerta de produtores, sindicato e autoridades locais.
“Fizemos um folheto informativo dirigido aos proprietários e aos funcionários, orientando-os com medidas preventivas e que estejam atentos a qualquer movimentação estranha”, diz. “Estamos preocupados com a questão do transporte de carga a partir de julho, quando se inicia a colheita, e que delitos dessa natureza podem causar prejuízo enorme aos produtores.”
Renata Cassola, coordenadora do Sindicato Rural de Torrinha, que também faz parte do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), disse que conversou com a Polícia Militar e informou as coordenadas da Associação dos Cafeicultores, além de algumas das maiores propriedades de café do município a fim de se realizar um trabalho preventivo.
“Além de juntar esforços entre associados e o poder público, também orientamos pequenos produtores que em qualquer movimentação suspeita acionem o Conseg ou diretamente a PM”, afirma Renata.
Para o superintendente do Senar-SP, Mario Antonio Biral, o problema do furto de café, seja no pé, seja de carga, é um evento que requer ação conjunta e coordenada. E lembrou que, embora a modalidade desse tipo de furto seja nova, não é somente o produto que é visado nas propriedades, mas também insumos e equipamentos rurais.
“Esta reunião é muito importante e o depoimento que trouxeram ajudarão em medidas que deveremos colocar em prática — inclusive com a formatação de um curso sobre segurança rural —, bem como na troca de informações e redes de apoio. Precisamos conjuntamente adotar medidas preventivas para minimizar os riscos e evitar perdas significativas ao produtor rural”, diz o superintendente.
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