Indicadores revelam crescimento do IBC-Br, inflação em alta e déficit fiscal
O Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) divulgou o “Radar Macroeconômico” de novembro, com dados sobre atividade econômica, emprego, inflação, juros e balança comercial.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) subiu 0,84% em setembro, alcançando 153,89 pontos, e registrou crescimento de 4,7% no trimestre encerrado em setembro em comparação ao mesmo período de 2023. No agronegócio, o PIB para 2024 é estimado em R$ 2,5 trilhões, representando queda de 6,9% em relação a 2023, com destaque negativo para o ramo agrícola (-9,94%) e positivo para o ramo pecuário (+1%).
A taxa de desemprego caiu para 6,4% entre julho e setembro, o menor nível desde 2013, com 103 milhões de pessoas ocupadas. O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 3.276, enquanto a taxa de endividamento das famílias atingiu 47,9% em agosto, o maior índice desde 2023. A agropecuária representou 7,76% dos ocupados, totalizando 8 milhões de pessoas.
A inflação, medida pelo IPCA, subiu para 4,76% em outubro, acima da meta de 4,5%. O IPCA mensal acelerou para 0,56%, puxado pelos grupos habitação (+1,49%) e alimentação e bebidas (+1,06%). A carne teve alta de 5,81%. Preocupado com a escalada inflacionária, o Copom aumentou a taxa Selic para 11,25% em novembro.
No setor fiscal, o déficit primário do setor público consolidado foi de R$ 7,3 bilhões em setembro, com destaque negativo para o Governo Central, que apresentou déficit acumulado de R$ 245,8 bilhões nos últimos 12 meses.
Na balança comercial, o superávit de outubro foi de US$ 4,3 bilhões, uma queda de 52,7% em relação a 2023, impactado pelo aumento de 22,5% nas importações e redução de 0,7% nas exportações.
Para mais informações acesse o Painel de Dados da Faesp.