É isso mesmo, não adianta espernear, choramingar, elas estão aí tomando espaço  das grandes máquinas de espresso que necessitam de um cuidado maior com manutenção, operação por pessoal treinado e conhecimento das etapas do preparo de um bom café, ou ainda daquelas temidas garrafas térmicas que além de contarem em seu interior com cafés de qualidade duvidosa, em quase sua totalidade da espécie robusta (canephora) que infelizmente representa na grande maioria, a preferência do paladar do brasileiro e bem doce.

Pois é, ficamos entre a cruz e a espada. Rendemos-nos às novas máquinas “one Button” ou voltamos à velha fórmula de café requentado de garrafa?

Dúvida cruel!

Mas é só ter a oportunidade de saborear o café preparado por elas, as “máquinas automáticas de café espresso”, para das o braço a torcer e deixar de torcer o nariz, deixar o radicalismo de lado e degustar estas surpreendentes xícaras, “prefira xícaras aos copinhos descartáveis”.

São encontradas em lojas, escritórios, oficinas, agências bancárias, consultórios médicos e até oficinas mecânicas onde tive o prazer de descobrir uma destas, entre peças, tambores de óleo e cheiro de gasolina. O mais interessante foi justamente o cheiro do café aliado aquele som característico do moinho triturando os grãos, foi o que me chamou à atenção, aquela máquina com marcas de graxa e poeira que não deixou de extrair um delicioso café espresso.

Há também os modelos residenciais que além da aparência menos espartana e muito mais requintada, não possuem contador para o controle da quantidade de espressos preparados.

Em sua maioria contam com reservatório para água ou ainda entrada externa de água da rede, o moinho cônico ou de discos, as regulagens da moagem e da quantidade de água e pó que servirão para a extração do expresso e ainda um reservatório para as cápsulas que se formam com o pó de café compactado antes da extração e que se torna a borra após a extração, além do vaporizador para leite e água quente para as xícaras.

Finalizando, gostaria de relembrar os 4 Ms de um bom café, a Miscela (o blend em grãos), a macinazione (a moagem), a macchina (a própria máquina de expresso) e a mano (a mão), destes 4 itens imprescindíveis, 1 fica a gosto do proprietário da máquina, o grão, o blend ou Miscela, a moagem e a macchina dependem de regulagem e há pessoal especializado para tais tarefas, mas aquela que era tradicionalmente atribuída ao profissional do café, que é a mão do barista, fica a cargo do cliente apertar o único botão (one Button) que o separa deste universo de aromas, sons e paladares.
 
Ricardo Petruzza do Prado | [email protected]
 

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