Projeto fortalece o turismo e a educação paleontológica após a cidade ser reconhecida como Município de Interesse Turístico (MIT)

O Bosque Municipal Rangel Pietraróia, uma das principais áreas de lazer de Marília, está recebendo novos e gigantes habitantes: réplicas de dinossauros. O projeto, realizado com recursos estaduais e contrapartida municipal, foi viabilizado após Marília obter o título de Município de Interesse Turístico (MIT). Cinco réplicas, com até 10 metros de comprimento, serão instaladas no parque, reforçando a identidade do turismo paleontológico na cidade, já reconhecida nacional e internacionalmente por suas descobertas fósseis.

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O projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e o Conselho Municipal de Turismo, em convênio com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo. Nesta semana, chegaram três réplicas: um Kentrosaurus de 4 metros, um Maiasaurus de 6 metros e um Ceratosaurus de 6 metros. Em outubro, está prevista a chegada das outras duas: o esqueleto de um Tyrannosaurus Rex de 10 metros e um Abelisaurus de 8 metros.

Segundo o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Nelson Mora, o paleontólogo mariliense Willian Nava foi fundamental para dar visibilidade a Marília, que chegou até a ser tema de novela. “Essa identidade turística começou com o Museu de Paleontologia, foi destacada com as réplicas na reinauguração e é fortalecida com a exposição de mais réplicas no bosque. Outro projeto, ainda em fase de licitação, é o Parque do Vale dos Dinossauros, que será construído na Via Expressa Sampaio Vidal. Em todas essas ações, enfatizo o trabalho voluntário e a parceria do Conselho Municipal de Turismo, fundamental em todo esse processo”, afirma.

As réplicas serão instaladas em três pontos do bosque, incluindo áreas próximas ao parque infantil e ao lago, e estarão disponíveis para visitação a partir da próxima semana. A empresa vencedora da licitação para a entrega das réplicas foi a Nosso Quintal, que contratou o artista Lajur Oliveira (São Pedro, SP) para a confecção das peças.

“O turismo é um importante fator de desenvolvimento econômico em todo o mundo. Marília não tem praias, mas tem cachoeiras, trilhas, fazendas e uma abundante mata preservada, além dos nossos dinossauros, por abrigarmos muitos fósseis na região. Em minha gestão, investimos no apoio e promoção do turismo, nos credenciamos e hoje fazemos parte de uma das 210 rotas turísticas do Estado. Nosso bosque, com certeza, vai atrair ainda mais visitantes, tanto da cidade como de todos os lugares”, declara o prefeito Daniel Alonso.

Os Dinossauros do Bosque de Marília

  • Kentrosaurus (Kentrosaurus aethiopicus): Herbívoro e quadrúpede, viveu no fim do período Jurássico, há 140 milhões de anos. Media cerca de 5 metros de comprimento e pesava cerca de 500 quilos. Seus ossos foram descobertos na Tanzânia por uma expedição alemã entre 1909 e 1912.
  • Maiasaura: Herbívoro e semi-bípede, viveu no fim do período Cretáceo. Media cerca de 9 metros de comprimento, 4,6 metros de altura e pesava cerca de 4 toneladas. Foi descoberto em Montana, Estados Unidos.
  • Ceratosaurus: Terópode carnívoro, viveu no final do período Jurássico. Seu gênero foi descrito pelo paleontólogo americano Othniel Charles Marsh, em 1884, baseado em um esqueleto quase completo descoberto na Formação Morrison. Restos fossilizados foram encontrados na América do Norte e em Portugal.

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