A pesquisa do Procon-SP analisou medicamentos genéricos e de referência em Bauru e Jaú (SP)
Uma pesquisa do Procon-SP apontou uma diferença de preços de até 244,37% entre medicamentos genéricos em drogarias do centro-oeste paulista.
O levantamento foi realizado entre os dias 27 e 28 de maio, em oito farmácias de Bauru (SP) e em seis de Jaú (SP), e também incluiu a variação de valores em remédios de referência.
Entre os genéricos, a maior variação encontrada foi no medicamento nimesulida, com preços entre R$ 4,53 e R$ 15,60, uma diferença de 244,37%, em Bauru.
No valor absoluto, a diferença corresponde a R$ 11,07 para o item com apresentação de 100 miligramas (mg) – 12 comprimidos.
Já nos medicamentos de referência, a maior diferença de preços foi de 118,68%. No caso do medicamento Tylenol (Paracetamol), com apresentação de 200 mg/ml – gotas 15ml, os preços variaram entre R$ 19,11 e R$ 41,79, com uma diferença no valor absoluto de R$ 22,68.
Na maior cidade do centro-oeste de SP, Foram pesquisados 52 medicamentos, com 26 de referência e 26 genéricos. Confira o levantamento completo aqui.
Jaú
Em Jaú, nos medicamentos genéricos, a maior variação encontrada foi 213,03%, também no medicamento nimesulida, com preços entre R$ 4,99 e R$ 15,62. A diferença no valor absoluto corresponde a R$ 10,63 para o item com apresentação de 100 miligramas (mg) – 12 comprimidos.
Na categoria dos medicamentos de referência, a principal diferença de preços foi de 55,01%. No caso do fármaco Dexason (Acetato de Dexametasona), apresentação de 1 mg/g – creme dermatológico 10g, os preços variaram entre R$ 7,58 e R$11,75, com diferença no valor absoluto de R$ 4,17.
Na cidade, foram pesquisados 44 medicamentos, 21 de referência e 23 genéricos. Veja o levantamento completo.
Preço de remédios genéricos pode variar até 240% no centro-oeste paulista, aponta Procon Pesquisa da Fundação Procon
Em ambas pesquisas não foram considerados os descontos vinculados ao Programa Farmácia Popular.
O Procon-SP frisou que os preços dos remédios necessitam de aprovação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e os reajustes dos produtos ocorrem anualmente.
O levantamento constatou que, em média, na cidade de Bauru os medicamentos genéricos são 55,48% mais baratos do que os de referência. Ao mesmo tempo que, em Jaú, a diferença entre medicamentos genéricos e de referência foi de 54,91%.
A Fundação Procon-SP verificou que neste segmento, alguns fatores determinam os preços, como:
- a aplicação de descontos pode variar de acordo com as condições locais de mercado, rentabilidade da loja e condições comerciais de compra;
- em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site – loja virtual);
- há redes que são regidas pelo sistema de franquia, não existindo uma política única de preços entre os franqueados.
De acordo com o órgão estadual, é essencial a pesquisa de preços sempre aliada à recomendação e à prescrição médicas.
O órgão também indicou que o consumidor:
- verifique o prazo de validade antes de comprar o medicamento;
- constate se o número do lote, o prazo de validade e a data de fabricação que constam na caixa do medicamento são iguais aos marcados nas cartelas ou nos frascos;
- todo medicamento deve possuir o número de registro no Ministério da Saúde;
- guarde sempre o medicamento em local seco, arejado e fora do alcance de crianças;
- observe se o estabelecimento trabalha com descontos provenientes de planos ou seguros de saúde.
Pesquisa de preços
A Fundação Procon-SP recomenda que o consumidor, antes de uma criteriosa pesquisa, consulte a lista de Preços Máximos (PMC) dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A consulta também pode ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias, conforme determina a Cmed.
Matéria G1 Bauru