O relacionamento estremecido entre a Prefeitura de Marília e a empresa que administra o estacionamento rotativo nas principais regiões da cidade, a Rizzo Parking and Mobility S/A, foi tema da primeira reunião da atual diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília, presidida pelo presidente em exercício, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, que recebeu com estranheza as informações do pagamento da multa de R$ 340 mil por parte da empresa por desrespeitar o contrato com a Prefeitura de Marília.
“São muitas as reclamações dos comerciantes da cidade sobre a gestão da chamada “zona azul” que é importante para o varejo de Marília”, disse o dirigente ao tomar conhecimento dos fatos e fazer um resumo aos demais diretores que estavam informados. “Se a relação não está boa, não deve terminar bem”, opinou ao lamentar os desencontros que recaem no usuário que necessita das vagas rotativas.
Os dirigentes da associação comercial sempre defenderam a boa disciplina no rodízio de vagas. É notório o crescimento no número de carros e pessoas em um mesmo espaço físico, e o rodízio no estacionamento é a solução, ao se respeitar tempo, valor e atendimento.
“Esse alinhamento é que se percebe estar sendo difícil, afinal, não me parece que seja a recusa de pagar, e sim como pagar”, falou Carlos Francisco Bitencourt Jorge ao lembrar das inúmeras reclamações de consumidores que não encontram o atendimento personalizado, ou não conseguem operar o equipamento disponibilizado, ou até mesmo de acessar o aplicativo através do “smartphone”.
“A reclamação generalizada é de que o serviço não é eficiente e isso tem causado um certo desgaste entre os próprios comerciantes”, falou o dirigente ao sugerir apoio à Prefeitura de Marília quando ao rigor do contrato e a retomada dos serviços conforme o combinado. “Aliás, se a Prefeitura não estiver vigilante pode ter sérios problemas com isso”, alertou.
Apesar de ser um tema polêmico, mas sempre por falha de atendimento, o rodizio das vagas de estacionamento em Marília sempre foi complexo. Houve época em que a própria associação comercial se envolveu de forma mais direta para ajudar na administração.
“A zona azul é importante para o comércio em geral”, defendeu Carlos Francisco Bitencourt Jorge ao lembrar de centro comerciais maiores e mais intensos de outras cidades que usam o sistema com tranquilidade.
“Para a Associação Comercial pouco importa a empresa que seja a terceirizada, desde que seja eficiente e eficaz, pois, para o comerciante o fluxo de consumidores passa pela “Zona Azul”, principalmente nesta época do ano, até com funcionamento das lojas no período noturno”, disse ao reconhecer a falta de bolsões de estacionamentos no centro comercial, ou então, uma melhor utilização e logística do serviço de transporte público, que ajudariam na diminuição de automóveis no centro da cidade, principalmente.
Para os meses de novembro e dezembro, quando as lojas da cidade estarão envolvidas com as vendas na “Black Friday” e no Natal, respectivamente, seria interessante para a cidade que esses problemas de: pintura no solo, quantidade insuficiente e falta de funcionários e melhorias nos parquímetros, dentre outros problemas de atendimento, viessem a ser corrigidos para que os consumidores possam visitar as lojas da cidade sem o desgaste no estacionamento rotativo.
“Se todos respeitassem o tempo determinado, e o atendimento fosse o ideal, todos ganharão com isso”, defendeu Carlos Francisco Bitencourt Jorge que espera um acompanhamento direto por para do Poder Público Municipal, ou até mesmo da Corregedoria Geral do Município.
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