Desdobramentos da investigação incluem também prisões preventivas e júri popular por assassinato ligado ao caso
A Justiça de Bauru determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 2 milhões em bens de 13 ex-dirigentes da Apae, investigados por supostos desvios milionários de recursos da instituição. A decisão foi publicada em 15 de maio, um dia após o Ministério Público ingressar com ação civil por improbidade administrativa.
Além do bloqueio, a juíza responsável ordenou o afastamento imediato dos envolvidos e determinou que eventuais dívidas da Apae com os investigados sejam depositadas diretamente em juízo.
Na terça-feira (21), a Justiça também expediu mandados de prisão preventiva contra nove acusados, em meio ao avanço das investigações conduzidas pelo Gaeco e pela Seccold.
Entre os alvos da ação estão:
- Renato Tadeu de Campos
- Maria Lúcia Miranda
- Izabel Cristina dos Santos Albuquerque
- Felipe Figueiredo Simões Moraes
- Gisele Aparecida de Camargo Tavares
- Pérsio de Jesus Prado Junior
- Letícia da Rocha Lobo Prado
- Gabriel Gomes da Rocha Rodrigues
- Fernando Sheridan Rocha Moreira
- Renato Golino
- Ellen Siuza Rocha Lobo
- Diamantino Passos Campagnucci Junior
- Roberto Franceschetti Filho
Os investigados já são réus em um processo criminal por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Nessa ação, o Ministério Público solicita o ressarcimento de R$ 10 milhões.
As defesas de alguns acusados informaram ter tomado conhecimento do processo nesta quarta-feira (21) e preferiram não se manifestar. A defesa de Izabel Albuquerque reiterou que não há provas de benefício financeiro em favor da acusada. As demais defesas não se pronunciaram até o momento.
Assassinato relacionado aos desvios

O caso também está ligado ao desaparecimento e suposto assassinato de Cláudia Lobo, ex-secretária da Apae. O ex-presidente da instituição, Roberto Franceschetti Filho, e o auxiliar de almoxarifado Dílomar Batista irão a júri popular nos dias 9 e 10 de outubro, conforme decisão do juiz Fábio Correia Bonini, da 4ª Vara Criminal.
Cláudia foi vista pela última vez em 8 de agosto de 2024, e Dílomar já confessou participação na ocultação do corpo durante audiência realizada em janeiro deste ano. Ele responde em liberdade por fraude processual e ocultação de cadáver.