Por Fábio Bonassa

Se você resolveu iniciar a leitura deste texto, permita-me fazer um pedido: coloque de lado qualquer preconceito sobre a IA (Inteligência Artificial). Em uma análise simples, preconceito é uma ideia formada antecipadamente. ‘Delete’ estas ideias. A tecnologia não faz mal. Pessoas que a utilizam para o mal.

Desde o surgimento das primeiras máquinas de calcular, passando pelos grandiosos computadores dos anos 50, até chegar às assistentes virtuais que cabem no nosso bolso, a IA tem caminhado lado a lado com a evolução humana.

E, se os computadores surgiram na década de 50, a IA também é desta época (eu também não sabia) mas seu uso era limitado; apenas para pesquisas.

Mas, afinal, o que é essa tal de IA?

Em sua essência, a IA é a ciência e a engenharia de fazer com que as máquinas aprendam, raciocinem e tomem decisões, como nós, humanos. E quando digo aprendem, as pesquisas mostram que uma IA dobra a sua capacidade de aprendizado a cada quatro meses. Você já imaginou isso: dobrar o que você aprendeu em tão curto período?

De acordo com os estudos, uma IA pode ter cinco níveis: emergente, competente, expert, virtuoso e super-humano. No último estágio seria capaz de realizar tarefas praticamente impossíveis aos seres humanos, incluindo prever eventos futuros, ler pensamentos e se comunicar com animais.

Dentro da perspectiva apresentada, as IAs conhecidas como ChatGPT, da OpenAI, Gemini, do Google e Copilot, da Microsoft, estariam dentro do nível inicial, ou seja, o emergente.

Onde a IA está no meu dia a dia?

Nossa jornada diária é agora facilitada por assistentes virtuais inteligentes como Siri, Alexa e Google Assistant, entre outros. Eles entendem nossas solicitações, aprendem com nossas preferências e, em muitos casos, até antecipam nossas necessidades. Utilizam reconhecimento de voz e aprendizado de máquina.

Muitos que estão lendo já falaram “Ok, Google” e pediram alguma informação, certo? Então já utilizaram a IA. Ou procuraram um endereço no Google Maps. Ou chamaram um Uber. Ou utilizaram o Waze para chegar em um endereço. Ou usam o Instagram, o Facebook, o Youtube. Todos utilizam a IA.

Quem nunca se surpreendeu ao receber uma sugestão tão precisa de filme na Netflix, ou aquele produto que você nem sabia que precisava, mas que a Amazon insistiu que era a sua cara? Isso é a IA trabalhando para conhecer nossos gostos e hábitos. Ela analisa dados de nossas interações passadas para prever o que podemos gostar no futuro. Essa personalização enriquece nossa experiência de consumo, tornando-a mais intuitiva e satisfatória.

Impacto no Ambiente de Trabalho

No ambiente de trabalho, a IA é sinônimo de revolução. Na contabilidade, por exemplo, softwares baseados em IA agilizam a entrada de dados e a análise de transações, liberando os contadores para tarefas de maior valor.

Na medicina, está fazendo maravilhas ao melhorar a precisão dos diagnósticos e personalizar tratamentos. Algoritmos de análise de imagem auxiliam na detecção precoce de doenças, e colaboram para que os médicos tomem decisões mais assertivas.
O desemprego tecnológico também emerge como uma realidade preocupante, destacando a necessidade urgente de requalificação profissional e de políticas públicas adaptativas.

O mundo evolui, nós evoluímos. Há pessoas que nunca ouviram falar em curso de datilografia (as escolas de datilografia nem existem mais), mas sabem digitar quando estão à frente de um teclado. Podem até ‘catar milho’, como se diz para pessoas que digitam devagar; mas sabem.

Sem dúvida algumas funções podem desaparecer em pouco tempo devido à IA, especialmente aquelas que são repetitivas.

Outras atividades passarão por uma modificação que não tem mais volta. Guarde esta dica: pessoas que não sabem usar IA serão substituídas por aquelas que sabem (ou aprenderão) a usá-la.

Desafios e futuro

Contudo, a ascensão da tecnologia não vem sem seus desafios. Questões de privacidade e segurança de dados estão no centro das preocupações, assim como o potencial uso da IA para monitoramento e vigilância.

Olhando para o futuro, a IA promete inovações ainda mais transformadoras. Já estão disponíveis veículos autônomos, que tem muita gente que não confia (eu sou um deles) e até robôs assistentes pessoais estão em desenvolvimento.

Além disso, a IA oferece soluções promissoras para desafios ambientais, ajudando a otimizar o uso de recursos, prever mudanças climáticas e melhorar a eficiência energética. Não dá para falar que isso é ruim.

À medida que avançamos, é crucial abordar essas tecnologias com mente aberta, garantindo que a IA seja desenvolvida e utilizada de maneira que beneficie toda a sociedade e não ultrapasse os limites éticos e morais.

Neste espaço vamos abordar as transformações e como podemos obter os maiores benefícios com a sua utilização, inclusive com dicas de como fazer os prompts (comandos) para termos as melhores respostas.
Se você quer se atualizar neste assunto, vá se acostumando a termos como N.O.R.A (No One Right Answear), ou não há só uma resposta correta (em português); ou LLM (Large Language Model), traduzido como modelo de linguagem em grande escala, termo técnico para definir a Inteligência Artificial.

A IA está ao nosso lado. Agora é preciso definir como ela nos influenciará, hoje e no futuro.

O papo é bon mesmo. Semana que vem tem mais.

Loading…

P.S. Papo Bon, com ene, é uma corruptela com o nome Bonassa. É proposital.

Fábio Bonassa é radialista e jornalista (MTB 81674/SP) e escreve sobre (IA) Inteligência Artificial

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *