Evento do Departamento de Sustentabilidade da Faesp visa oferecer aos produtores recursos pela preservação ambiental

O mercado de crédito de carbono ainda está em fase de regulamentação, mas já deixa antever boas perspectivas para os produtores rurais. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, esse é um momento de reflexão, para buscar as possibilidades de aumento da lucratividade.

“É importante reiterar que a sustentabilidade gera lucros. Nessa discussão sobre as regras do mercado de carbono é preciso a participação dos produtores e trabalhar toda a cadeia do agro”, frisou Meirelles.

A assessora técnica de Sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Amanda Roza, discorreu sobre o mercado de crédito de carbono e as potencialidades para o setor agro. Em sua palestra , foram abordadas as características afetas aos mercados de carbono voluntário; e  regulado, instituído pela Lei Nº 15.042, de 11 de Dezembro de 2024; bem como aqueles estabelecidos pelo mercado internacional .

Segundo a especialista, a promulgação da Lei 15. 042 /24 significou um grande avanço, estabelecendo regras gerais e criando o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE). Em que pesa produção primária agropecuária, bens, benfeitorias e infraestrutura no interior de imóveis rurais a ela diretamente associados não se submetem a obrigações impostas no âmbito do SBCE, o setor agro poderá sim ser um fornecedor de créditos A dúvida é a quantidade de créditos que o setor agropecuário poderá fornecer.

Amanda Roza destacou ainda que o SBCE passará ainda por um processo de regulamentação, o qual demandará a superação de alguns desafios, tais como:   o aprimoramento dos inventários: a criação de metodologias e aprovação em âmbito interno para posterior validação pelo Órgão de Supervisão; o reconhecimento de metodologias e projetos por países demandantes de ITMOs; conhecimento científico quanto aos fatores de emissão e dados concretos sobre emissões e remoções em diferentes setores e,

Foi ainda anunciado pela Amanda Roza que em 29/04/2024 a CNA lançará um guia de crédito de carbono, que vai ajudar os produtores a identificarem o potencial de suas propriedades

Na sequência, o gerente regional do Sebrae de Bauru, Wilson Nishimura, apresentou um projeto de certificação ESG (Ambiental, Social e Governança, da sigla em inglês) modelado para a Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri (AssoBari). O certificado de crédito de cana, segundo o fundador da associação, Acácio Masson Filho, abrange 180 associados, sendo 90% agricultores familiares.

“Somos a primeira associação a ser certificada mundialmente. Em 2016 os produtores entenderam a importância de trabalhar pela certificação e em 2020 já estávamos vendendo os créditos de cana. Podemos ajudar outras entidades nessa caminhada, avançando etapas que a AssoBari já trilhou”, disse o fundador.

A busca para que ativos ambientais possam se transformar em lucro tem sido uma constante da Faesp, garantiu o coordenador do Departamento de Sustentabilidade, José Luiz Fontes. A agenda ESG tem se tornado cada vez mais importante no acesso a mercados mais exigentes.

Os vídeos das palestras estão disponíveis no Youtube da Faesp.

Vídeo

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