Plataforma digital SB100 integrará bancos de dados com uso de inteligência artificial para auxiliar produtores em decisões agronômicas mais sustentáveis e eficientes

As Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) Pompeia e Cotia desempenham um papel estratégico no desenvolvimento da Smart B100 (SB100), uma plataforma digital inovadora que pretende integrar bancos de dados com inteligência artificial (IA) generativa.

O objetivo da iniciativa é oferecer suporte avançado a produtores rurais, permitindo decisões agronômicas mais sustentáveis e eficientes.

“São diversas universidades e centros de pesquisa envolvidos, mas temos orgulho de dizer que as Fatecs serão responsáveis pela criação da IA, que é o cérebro deste grande projeto”, afirma o professor Bráz Isaías da Silva Jr., da Fatec Cotia.

Ele é um dos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema computacional que servirá como base para a plataforma e do Large Language Model (LLM), tecnologia semelhante à utilizada por assistentes de chatbot como o ChatGPT.

Da Fatec Cotia, participam ainda os professores Meg Andrade e Dionísio Gava.

Na Fatec Pompeia, o SB100 é capitaneado pelo professor Luís Hilário Tobler Garcia, junto aos docentes João Ricardo Favan e Luis Eduardo Zamariolli. A unidade contribui com a formação de profissionais para criar sistemas baseados em IA, ciência de dados e robótica, por meio do curso superior de tecnologia em Sistemas Inteligentes.

Centro de pesquisa

O projeto faz parte do Centro Avançado de Pesquisa (CCD-SB100), aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com o intuito de encontrar soluções para desafios previamente definidos pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Com um investimento de R$ 20 milhões, entre recursos públicos e privados, a iniciativa tem duração prevista de cinco anos.

“Os primeiros estudos serão voltados à produção de soja, frutas cítricas e cana-de-açúcar, que representam as maiores demandas do Estado. Após a estruturação do centro, será possível adaptar a base de dados para qualquer cultura do País ou até mesmo para outras áreas de interesse”, explica Bráz Isaías.

O SB100 combina conhecimentos científicos sobre solo, plantas e clima com os mais recentes avanços tecnológicos, gerando recomendações agronômicas confiáveis e ágeis. No longo prazo, também serão criados índices de decisão multicritério para otimizar o uso de fertilizantes e bioinsumos.

“O projeto de pesquisa de culturas já existe, acompanhando atualmente 150 culturas em intervalos de 10 anos. No entanto, até agora, toda a análise era feita manualmente, com coleta e interpretação de dados. Com a Inteligência Artificial, o processo será muito mais ágil, e os resultados poderão ser personalizados”, acrescenta.

Parceiros

O projeto é uma parceria do Instituto Agronômico (IAC), sede da proposta, com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), representada pela Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), pela Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC), pela Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) e pelo Instituto de Biociências (IB).

Também participam a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP/Esalq), a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, além das Fatecs Pompeia e Cotia, administradas pelo Centro Paula Souza (CPS).

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