Encontro reuniu presidentes de federações da agricultura, especialistas, parlamentares e representantes do setor produtivo

Nesta terça-feira (6), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), juntamente com outras 26 federações do país e representantes do Sistema CNA/Senar, participou do evento “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, onde foram debatidos temas como economia, acordos internacionais, balança comercial, sustentabilidade e outros assuntos relevantes ao agronegócio brasileiro.
O encontro contou com a participação de especialistas e representantes do setor produtivo para debater a nova geopolítica mundial e seu impacto ao agro nacional. Além de autoridades como a senadora e ex-ministra, Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Foram abordadas as oportunidades e os desafios decorrentes das mudanças econômicas globais, especialmente após o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA e a intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China.
A senadora disse que o agronegócio brasileiro poderá se beneficiar de oportunidades na guerra comercial entre os dois países, mas ressaltou que é cedo para avaliar quais serão os efeitos.
“Caso não haja acordo entre eles, o Brasil pode ter algumas oportunidades de parceiros que tenham problema com os Estados Unidos. Muita coisa ainda vai acontecer”, afirmou.
O Brasil se posiciona como um dos principais beneficiários desse cenário, com a possibilidade de expandir suas exportações ao mercado chinês. No entanto, os desafios persistem.
Para João Martins, presidente da CNA, “ainda é incerto o que acontecerá em relação ao Brasil em meio às tarifas de Trump”. “Mas o cenário é uma oportunidade, que o país precisa saber aproveitar”, afirmou.
O ex-presidente do Banco dos Brics, Marcos Para Troyjo, observou que embora EUA e China estejam passando por uma “Guerra Fria 2.0”, o Brasil deve passar ileso pelas medidas, uma vez que boa parte dos produtos exportados estão fora do tarifaço. “A economia mundial está mais perigosa, mas não para o Brasil”, afirmou.
No evento, discutiu-se a necessidade de crédito rural e seguro mais acessíveis, considerando a iminente definição dos recursos do Plano Safra. Além disso, o déficit de armazenagem e a urgência na melhoria da infraestrutura logística foram destacados como entraves à competitividade do agro brasileiro.
A senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reforçou a importância de uma política de crédito adaptada ao contexto econômico atual, marcado por juros elevados.
O evento também ressaltou o papel do diálogo entre governo, setor produtivo e Congresso Nacional na busca por soluções para fortalecer o setor no cenário global.
Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, enfatizou a importância da segurança jurídica aos produtores rurais. “A política do governo causa incertezas à toda cadeia produtiva. É urgente e extremamente importante uma política voltada ao agronegócio que sustente a produção, interna e de exportação, mas que também garanta seguridade a todos os agentes envolvidos, sem criar empecilhos e barreiras que em nada ajudam, tanto na percepção da sociedade quanto da capacidade de negócios.”
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