Painéis em São José do Rio Preto, Tupã e Botucatu ouviram os produtores rurais, a fim de identificar os problemas nas culturas de seringueiras e eucalipto
Ouvir os produtores e encontrar caminhos para o desenvolvimento das culturas de seringueira e eucalipto no interior paulista. Essa foi a proposta dos painéis de levantamento de custos da produção da Comissão Técnica de Silvicultura em São José do Rio Preto, Tupã e Botucatu, que analisarão agora os dados para a elaboração do relatório final.
Com os dados dos próprios produtores fica mais fácil buscar soluções que permitam a melhoria da performance da cultura e o lucro. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, acredita que essa é umaforma de traçar as melhores estratégias para o desenvolvimento da agropecuária no estado.
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Em São José do Rio Preto o presidente do Sindicato, Sérgio Expressão, acompanhou parte do trabalho, que envolveu Noêmia Hansen e Natalino de Freitas, do Movimento Nacional de Produtores e Sangradores, além de Paulo Henrique Pachá, da Apotex. Nessa primeira análise, os produtores estão tendo perdas no curto, médio e longo prazo na cultura da seringueira.
Já em Tupã, o presidente do Sindicato e diretor primeiro secretário da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Márcio Vassoler, acompanhou todo o trabalho ao lado do presidente da Câmara Setorial da Borracha, Roberto Quartim Barbosa. Numa primeira análise, o custo operacional efetivo (COE) e o custo operacional total (COT) estão sendo cobertos, mas o custo total (CT) não, o que pode levar a prejuízo no longo prazo.
“Esses levantamentos de custo são importantes, porque teremos a realidade de cada região. Como existe variação entre regiões, o produtor rural poderá ter ciência dos ganhos com a sua atividade”, explicou Vassoler.
A situação em Botucatu, entretanto, é melhor. Segundo Larissa Pereira do Amaral, assessora técnica da Departamento Econômico da Faesp, foi identificado que a receita da plantação de eucalipto está praticamente cobrindo todos os custos, para a propriedade modal, de 30 hectares. O coordenador da Comissão Técnica, Alfredo Chaguri Junior e o coordenador adjunto, Antonio Ginack Junior, acompanharam os painéis, que contou com 44 produtores nos três dias.
O coordenador destacou a dificuldade que vem sendo enfrentada pelos produtores devido aos altos custos, e como o eucalipto em Botucatu está tendo melhor desempenho. “O eucalipto é uma importante fonte de matéria-prima para a fabricação de celulose. Ele tem se destacado como uma segunda fonte de renda para muitas propriedades, podendo ser cortado em qualquer época do ano e sendo cultivado em áreas de baixa fertilidade. O cultivo de eucalipto atraiu indústrias para Botucatu, revitalizando a economia local ao utilizar terras que estavam quase abandonadas.”, disse Chaguri.