Encontro reuniu departamentos de Sustentabilidade e Econômico com representantes locais para avaliar impacto da mortandade dos peixes e alinhar estratégias na região

No último dia 15, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Fesp) realizou reunião com sindicatos rurais para avaliação dos impactos regionais em razão da mortandade de peixes Bacia do Baixo Tietê.

A reunião contou com os departamentos de Sustentabilidade, Jurídico e Econômico da entidade e debateu as possíveis causas da mortandade dos peixes e dos prejuízos de produtores rurais e piscicultores da região.

Esgoto urbano, resíduos residenciais e industriais e despejos irregulares de poluentes podem estar na origem da proliferação das algas, do mau cheiro e da mortandade de toneladas de peixes, levando inclusive a perda de renda familiar de diversos piscicultores.

Antonio Ginack Junior, presidente do Sindicato Rural de Monte Aprazível, ponderou sobre a questão biológica e cíclica que age nas algas existentes no rio Tietê.

Para o presidente do Sindicato Rural de Macaubal, Ivan Alves, há uma perda significativa da atividade de piscicultura, citando inclusive o caso de produtores no município de Zacarias, e a ausência de respostas mais concretas por parte do poder público quanto às causas da poluição no rio.

O presidente do Sindicato Rural de Lins, Luiz Alfredo Marques, também presente à reunião, comentou que no município de Sabino as algas — que trazem um odor fortíssimo e acúmulo de matéria orgânica na superfície — às margens do Tietê estendem-se a uma distância de três a quatro quilômetros, impedindo inclusive as atividades de lazer das propriedades à beira do rio.

A importância e urgência do assunto passam também pelo Sindicato Rural da Alta Noroeste (SIRAN) que possui representação no Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê e com sua alta relevância poderá ser a voz dos produtores no principal fórum de debate sobre a qualidade da água nos reservatórios impactados pela poluição.

A reunião também serviu para dar esclarecimentos aos Sindicatos Rurais sobre a publicação da Resolução Conjunta SEMIL/SAA nº 01/2025, que institui o Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFITietê), com o objetivo de promover a fiscalização ambiental integrada e garantir a qualidade das águas do Rio Tietê, por meio de atuação coordenada entre os entes envolvidos.

José Luiz Fontes observou que este é um assunto que poderá ter melhor aproveitamento e o encontro de soluções com os sindicatos rurais fazendo interface junto aos comitês de bacias e reportando à Faesp as discussões para que a entidade norteie suas ações junto às Comissões Técnicas e ao governo do estado de São Paulo.

“A Faesp está atenta ao problema da Bacia do Baixo Tietê e tem colocado seus técnicos e especialistas à disposição para soluções tanto via Comissão Técnica, quanto junto ao poder público, a fim de mitigar os prejuízos enfrentados por produtores rurais e piscicultores da região”, afirma Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP.

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