Reunião com entidades representativas do setor florestal e sucroenergético, entre outras, discutiu os planos de prevenção e combate já existentes

Quais as medidas que estão sendo tomadas para evitar que, nos meses mais secos, os incêndios devastem florestas e plantações, além de levar risco aos produtores rurais?
Essa foi a pergunta que norteou a reunião na manhã desta segunda-feira (11) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), que contou com a presença de entidades do setor florestal, sucroenergético, Embrapa Territorial, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e técnicos da Federação.

Para o presidente da Faesp, Tirso Meirelles, é preciso conhecer a estrutura já existente no estado e ajudar a aprimorá-la. Em 2024, em todo o Brasil, foram mais de 148 mil focos de incêndio, levando a um prejuízo econômico de cerca de R$ 15 bilhões.
Apenas em São Paulo foram R$ 2,8 bilhões, com impacto na área de pastagens, afetando os pecuaristas de corte e leite, assim como áreas de cana-de-açúcar, com efeitos inclusive sobre a próxima safra.
“O período de seca está chegando e é essencial que tenhamos estrutura adequada e melhores estratégias para socorrer os produtores e minimizar os riscos, ou mesmo as perdas, em caso de novos focos de incêndio. É preciso conhecer o que já temos, como cursos, planos de assistência mútua (PAMs), equipamentos e demais ferramentas que possam servir para levar tranquilidade ao homem do campo”, explicou Meirelles.
Representantes da Associação dos Plantadores de Cana de Jaú (Associcana), da Organização de Associações de Plantadores de Cana (Orplana), da União Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), da Florestar- SP, da Sociedade Rural Brasileira (SBR) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) discorreram sobre as ações que estão em discussão e os projetos que já existem.
O vice-presidente da Faesp, Cyro Penna Junior, que há 20 anos planta cana, frisou que levará questões levantadas para o evento da Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar, nesta quarta-feira (12), em Ribeirão Preto.
Entre as ações propostas estão a necessidade de estabelecer um observatório da situação dos incêndios florestais e a realização de reunião sobre pontos que são mais urgentes, especialmente aqueles que garantem segurança Jurídica para os agricultores que sofrem o impacto dos incêndios.
Todos reiteraram, ainda, a necessidade de que sejam divulgadas as conclusões das apurações sobre os incêndios do último ano.