O 4º brasileiro a assumir o Rotary, Mário César Martins de Camargo: “Os Rotarys precisam compor metas plurianuais” | Foto Kênia Hernandes

Por Fala Marília

Fundado há quase 120 anos nos Estados Unidos pelo advogado Paul Harris (1898-1947), o Rotary Club é uma das maiores entidades do mundo. Ao longo de sua trajetória, que começou em 1905, a organização chegou a ser presidida internacionalmente por apenas 3 brasileiros: Armando de Arruda Pereira (1940/1941), Ernesto Imbassahy de Mello (1974/1975) e Paulo Correia da Costa (1990/1991). O 4º rotariano do Brasil a assumir a função que no passado foi desempenhada pelo próprio fundador Paul Harris, é de Santo André, está no Rotary desde 1980 e conversou recentemente com exclusividade com o portal Fala Marília.
 
Formado em Administração e em Direito, Mário César Martins de Camargo chegou a ser intercambista pelo Rotary, morando entre 1974 e 1975 em Minnesota, um dos Estados do centro-oeste dos EUA que faz fronteira com o Canadá. Lá concluiu o Ensino Médio – chamado de high school. O ano rotário – calendário organizacional da entidade – sempre começa em julho, praticamente no meio do ano convencional. Por isso, a partir de 1º de julho de 2024 Mário César terá que deixar Santo André, onde vive e frequenta o segundo maior clube de Rotary do Brasil – com 152 sócios – e se mudar para Chicago, nos EUA, onde está a sede mundial da entidade.
 
Sobre sua gestão, indicada para 2025/2026, o presidente internacional avisa: o Rotary do Brasil terá que renovar.

“E em Marília não será diferente: terá que possuir um olhar para ‘fora da caixa’. Temos que criar um processo de admissão e manutenção de engajamento, não posso deixar mais isso para o clube. Aliás, essa será uma orientação corporativa global, pois temos um plano plurianual para aumentar os quadros de sócios”, salientou.

 Como o ano rotário dura 12 meses: de julho de um ano a junho de outro, Mário César tem consciência – e vivência – que propostas que não transpassam para outras gestões tendem a não evoluir.

“A gestão é de um ano, mas cada representante, cada gestor que entra, tem que ter continuidade nos objetivos e metas. Não dá para cada um que assumir o centro de comando, iniciar uma coisa nova. Isso é perda de foco, perda de recursos e, obviamente, perda de dinheiro. Por isso, precisamos compor metas multianuais, pois será a única forma de garantir a continuidade. A visão plurianual deve prevalecer, da mesma forma: menos ego e mais eficiência. Mais a instituição e menos personalismo”.

 

 

 
 

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