O dólar comercial atingiu o valor recorde de R$ 5,52 no último fechamento, em alta de 1,30%, e ultrapassou a máxima que havia sido observada em janeiro de 2023, no momento da transição de governo. Este é o maior valor desde janeiro de 2022 e ocorreu após falas do Presidente da República, em relação aos gastos públicos. 

Em entrevista, o chefe do Executivo negou as necessidades fiscais do Brasil e afirmou que a preocupação no país é superior a outros lugares do mundo, onde a dívida é ainda maior em comparação ao produto interno bruto (PIB). Ele citou países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que supostamente a proporção da dívida é maior. 

A política do governo de incentivo ao gasto público e a expectativa de incapacidade de cumprimento da meta fiscal aumentam a tensão do mercado, que opta pela retirada de divisas do país. Além disso, o cenário exterior, de juros altos nos Estados Unidos, causa valorização generalizada do dólar. Os juros futuros no Brasil também subiram com o cenário de nervosismo financeiro. 

Nesta quarta (26), a divulgação pelo IBGE, do  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que desacelerou, a 0,39% em junho, não foi suficiente para frear a desvalorização do real. 

O euro segue também em alta, a R$ 5,90. Para o turismo, os valores são ainda maiores. 

As cotações são da companhia Morningstar
 

Pixel Brasil 61

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