Agentes e supervisores recebem treinamento para atualização, capacitação e fortalecimento das ações

A Prefeitura Municipal de Marília, por intermédio da Vigilância Ambiental (Zoonoses) da Secretaria Municipal da Saúde, está realizando a reestruturação do Programa de Combate ao Escorpionismo em Marília. O desenvolvimento urbano do Município, com novas construções de casas e abertura de novos bairros em áreas até então inabitadas, vem provocando um aumento na incidência de acidentes com o animal peçonhento.  Até a 42ª semana de 2023 (última semana de outubro) foram registrados 154 acidentes, 25% a mais do que no mesmo período de 2022, quando houve 123 registros.

As ações de combate ao escorpião em Marília estão sendo reestruturadas e contará com 100 agentes de endemias e 24 supervisores de saúde. Todos eles passaram por treinamento teórico, para capacitar e qualificar o trabalho realizado pelo programa municipal. A capacitação ocorreu na manhã desta terça-feira, dia 24 de outubro e nos próximos dias será dado início ao treinamento prático.

O programa contra o escorpinismo será descentralizado, com ações de controle realizadas por todos agentes de endemias das unidades de saúde. As ações de controle serão preventivas e reativas. As preventivas implicam na vistoria e orientações sobre situações de risco para o aparecimento do artrópode (o escorpião não é um inseto, mas sim um aracnídeo, da mesma família da aranha). Ainda de forma preventiva, estão sendo realizadas vistorias nas escolas municipais.
 
De forma reativa, os agentes de endemias realizam vistorias nos locais onde ocorreram acidentes por picada de escorpião ou no local onde o animal foi avistado e no seu entorno.
 

“O escorpião naturalmente é um animal de nossa flora, que habita as regiões de mata, com o crescimento das cidades eles adentraram o meio urbano, pela oferta de alimento e abrigo disponível.  Importante lembrar que venenos são ineficientes contra os escorpiões, pois ele possui capacidade de permanecer por período prolongado sem respirar ou se alimentar, até que o veneno se dissipe, gerando uma falsa sensação de segurança e favorecendo acidentes. A prevenção consiste orientar a população sobre os cuidados para se impedir que o animal entre nas casas e quintais das residências de Marília e que nos casos que ocorram acidentes, principalmente em crianças abaixo de 12 anos de idade, o atendimento deve ser o mais rápido possível, para prevenir sintomas graves e óbito, em Marília o atendimento à criança vítima de picada de escorpião é realizado diretamente no Hospital Materno Infantil”, explicou a supervisora de Zoonoses, Vivian Martinelli Funai.

 
“Esta a reestruturação do Programa contra o escorpionismo na Divisão de Zoonoses começa pela descentralização das ações de controle, para conseguirmos um maior alcance, capacitando todos os agentes de combate à endemias, potencializando também o resultado das vistorias nos locais onde ocorrerem aparecimento de escorpião, mas principalmente onde ocorrem acidentes por picada”, declarou Vivian.

Nesta nova dinâmica, também haverá notificações de todo o caso de aparecimento de escorpiões, relatado pela população nas unidades de saúde, para se conseguir mapear as áreas onde podem estar ocorrendo infestações, conseguindo assim realizar planos de ações específicas para estes locais. Estamos com o planejamento da implantação de uma equipe de captura noturna, para locais de infestação conhecida, como cemitérios.

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