Treinamento com metodologia internacional visa aprimorar a avaliação da qualidade de azeites no Brasil

O Curso de Formação em Análise Sensorial de Azeites Virgens, organizado pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), foi realizado de 28 de outubro a 1º de novembro na sede do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faesp/Senar-SP), em São Paulo, com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA). 

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O curso reuniu varejistas, distribuidores, produtores, jornalistas e outros profissionais do setor com o objetivo de ampliar o número de especialistas em análise sensorial de azeites no Brasil. O País é o segundo maior importador do produto no mundo, mas com um limitado número de degustadores especialistas treinados. 

O treinamento foi conduzido por Susana Mattar, professora e coordenadora do Painel de Degustação da Universidade Católica de Cuyo (Argentina), e Ana Claudia Ellis, líder do Painel de Degustação de Azeites Virgens na Universidad de la República (Uruguai). Com cinco módulos, a capacitação combinou conteúdos teóricos e práticas sensoriais, com a utilização de amostras de azeites de diferentes origens. 

“Como parte do Painel de Avaliação Sensorial da Argentina, que funciona em San Juan desde 2005, aplicamos a mesma metodologia aqui no Brasil. Esse treinamento utilizou, portanto, a metodologia mais atualizada, com atividades de ensaios probatórios em amostras de azeites de vários lugares do mundo”, explicou Susana Mattar. 

Leonardo Silveira, consultor do COI para o evento, mencionou também a necessidade de ampliar a capacidade de avaliação sensorial no Brasil. “Atualmente, o país possui apenas um Painel de Azeites, localizado no Rio Grande do Sul, o que é insuficiente para atender à demanda nacional”. 

Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do MAPA, esteve na sede da Faesp para prestigiar o evento, e enfatizou a importância dessa capacitação. “O Brasil, sendo um dos maiores importadores de azeite de oliva, enfrenta desafios na avaliação de qualidade do produto. Este treinamento é fundamental para aprimorar o mercado e garantir produtos de qualidade aos consumidores.”
 

O presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, destaca a importância estratégica do curso, considerando o crescimento da produção desde que o cultivo para extração comercial começou no estado de São Paulo em 2008.

“Nosso estado tem azeites premiados, a olivicultura paulista é reconhecida internacionalmente, e o Brasil é o sétimo maior consumidor do mundo. Temos muitas oportunidades de ampliar a presença do produtor brasileiro nesse cenário”, afirmou.

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