Encontro reuniu lideranças para tratar de soluções contra furtos, questões trabalhistas e oportunidades de prestação de serviços nos sindicatos rurais

A Comissão Técnica de Cafeicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) promoveu uma reunião estratégica com foco em temas prioritários para o setor, como questões trabalhistas e segurança no campo. O encontro, que aconteceu em Campinas durante o 30º Encafé – Encontro Nacional do Café no final de abril, também abordou a viabilidade de prestação de serviços de classificação de café por sindicatos rurais.

Entre os principais temas debatidos esteve a preocupação com o aumento dos roubos e furtos de café em propriedades paulistas, impulsionado pela alta nos preços e início da colheita. A Comissão destacou a importância de ações preventivas e reforçou a necessidade de integração dos sindicatos com autoridades locais — como prefeituras, guardas civis municipais e polícias — para garantir a segurança no campo. Experiências bem-sucedidas com o Patrulhamento Rural e a atividade delegada, já em curso em alguns municípios, foram citadas como modelos a serem ampliados.

Na área trabalhista, as discussões se concentraram na programação de fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e nos desafios enfrentados pelos produtores na contratação legal de mão de obra. A Comissão reforçou seu compromisso com o Plano de Ação para Conscientização sobre Trabalho Decente na Cafeicultura, que inclui eventos de capacitação presenciais e híbridos, produção de materiais educativos e novas parcerias com o MTE.

Outro destaque foi a proposta de implantação de serviços de classificação e prova de café em sindicatos rurais. O modelo a ser estudado prevê que, com a estrutura e capacitação adequadas, os sindicatos poderiam oferecer o serviço a seus associados, gerando valor e atraindo novos membros. Foram analisados os equipamentos necessários, além dos desafios de financiamento e manutenção. Também foi considerada a possibilidade de parceria com instituições como a ABIC, reduzindo a necessidade de múltiplos investimentos em equipamentos e funcionários para alocar nos sindicatos rurais.

O curso de classificação e prova de café já oferecido pelo Senar-SP foi apontado como referência técnica para formação de um projeto piloto, em formato fixo ou itinerante. O curso capacita os produtores na análise da qualidade do café, incluindo aspectos como cor, defeitos, umidade e bebida, auxiliando na rentabilidade da comercialização.

Os membros da Comissão Técnica também aproveitaram a programação do Encafé para aprofundar conhecimentos em temas como reforma tributária, sustentabilidade e inovação, em contato com especialistas, torrefadores, exportadores e outros profissionais do setor.

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