Iniciativa é conduzida pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde para Dengue e Outras Arboviroses (COE Dengue) e tem como objetivo aprimorar a vigilância epidemiológica e otimizar a assistência à população
O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, concluiu mais uma semana da Caravana da Saúde, com o intuito de reforçar as ações de controle da dengue. Conduzida pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde para Dengue e Outras Arboviroses (COE Dengue), a iniciativa percorreu 27 municípios em 16 estados, com o objetivo de aprimorar a vigilância epidemiológica, otimizar a assistência à população e reorganizar os serviços de saúde.
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Entre os municípios visitados estão Bagé (RS), Belo Horizonte (MG), Bonsucesso (RJ), Contagem (MG), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Cruzeiro do Sul (AC), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Feijó (AC), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Joinville (SC), Macapá (AP), Manaus (AM), Pelotas (RS), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande (RS), Salvador (BA), São José do Rio Preto (SP), Tarauacá (AC) e Vitória (ES).
PLANO NACIONAL — A caravana faz parte do esforço contínuo do governo para prevenir e controlar a dengue e outras arboviroses, especialmente no período sazonal, quando os casos aumentam significativamente. Em janeiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a instalação do COE para monitorar a situação epidemiológica do país e lançou um novo Plano de Contingência Nacional, com medidas estratégicas para ampliar a rede assistencial e conter o avanço das arboviroses.
Além do suporte técnico às secretarias estaduais e municipais de saúde, a iniciativa reforça campanhas educativas e de mobilização social. Entre elas, a campanha nacional de controle da dengue, zika e chikungunya, com o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, que incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana à eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Para fortalecer as ações de controle das arboviroses em todo o país, o Ministério da Saúde destinou R$1,5 bilhão no ciclo 2024/2025.
TECNOLOGIA — O Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses 2024/2025 incorpora novas tecnologias para o controle do vetor, incluindo:
Expansão do Método Wolbachia, que passa de 3 para 40 cidades;
Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas para reduzir a reprodução do Aedes aegypti;
Uso de borrifação residual intradomiciliar em áreas de grande circulação;
Instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na primeira fase do projeto;
Aplicação do Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI), um biolarvicida eficaz contra o mosquito.
AÇÕES EMERGENCIAIS — Além da ampliação do atendimento à população, novas estratégias estão sendo adotadas para conter o avanço da doença. Como parte do plano para redução das arboviroses no país, o Ministério da Saúde vem adotando as estações disseminadoras de larvicida (EDLs).
A armadilha consiste em um pote com água, recoberto com um tecido preto e impregnado com larvicida em pó. Ao pousar na EDL, o pó adere ao corpo do mosquito. Como as fêmeas visitam muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida em um raio que pode variar de 3 a 400 metros. Como parte da estratégia, a pasta destinou 3 mil EDLs para São José do Rio Preto.
Outra medida fundamental é a vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Segundo a ministra, os critérios estabelecidos permanecem os mesmos, mas há uma nota técnica que permite flexibilização, conforme a disponibilidade de doses em cada município. “Infelizmente, muitas crianças e adolescentes ainda não procuraram a vacinação. Por isso, estamos fazendo busca ativa e flexibilizando a distribuição de doses conforme a realidade de cada município”, explicou Nísia.
Já a atuação da Força Nacional do SUS, somada aos recursos federais e ao esforço conjunto entre União, estado e município, visa conter o avanço da dengue e garantir atendimento de qualidade à população. A expectativa é que, com essas medidas, o país consiga reduzir a incidência da doença e evitar complicações graves nos pacientes infectados.
PLANO DE CONTINGÊNCIA — O Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika estabelece diretrizes para prevenção, controle e assistência em saúde durante surtos e epidemias. O documento reforça a necessidade de uma resposta coordenada entre os governos federal, estaduais e municipais, além da participação ativa da população no controle da proliferação do mosquito.