A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Bolsonaro é acusado pela PGR de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. É a primeira denúncia contra um ex-presidente da República por tentativa de atacar o Estado Democrático de Direito.

A acusação, inédita, teve como base o inquérito que investigou o ex-presidente e seus principais auxiliares, como os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, ambos generais da reserva do Exército.

Bolsonaro é acusado de liderar a organização criminosa para tentar se manter no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022.

A PGR aponta que Bolsonaro tinha ciência e anuiu com estratégia golpista.

A denúncia reúne elementos como da reunião ministerial na qual Bolsonaro instiga seus ministros a agirem antes da eleição e trocas de mensagens do ajudante de ordens Mauro Cid e de outros auxiliares do ex-presidente. Também são mencionados registros de reuniões de Bolsonaro com autoridades nas quais teriam sido discutidas as propostas de minuta golpista.

No total, 34 pessoas são listadas na denúncia da PGR. Bolsonaro foi denunciado junto com os ex-ministros Braga Neto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI).

Além deles, também foram denunciados na mesma denúncia do ex-presidente o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.

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