Serviço gratuito oferece aos participantes ferramentas para melhoria da produção e de gestão da propriedade
Há 11 anos o Sistema CNA/Senar implantou a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) visando oferecer um serviço gratuito ao produtor rural brasileiro que lhe desse ferramentas para melhoria da produção e gestão da propriedade.
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“Trata-se de um processo educativo com foco na geração de renda, melhoria da produção e na gestão rural, de maneira a contribuir para a evolução socioeconômica dos produtores e manter as famílias no campo e a comunidade rural, além de promover a disseminação de tecnologias e práticas gerenciais para a produção de alimentos com respeito ao meio ambiente”, explica Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, que implementou o Programa no estado de São Paulo em 2023.
A primeira turma atendida pela AteG paulista completará o programa em julho 2025. Na ocasião de seu lançamento, o superintendente do Senar-SP, Mário Biral, ressaltou a vocação da instituição na formação profissional dos produtores e a importância da ATeG. “É preciso criar hábitos ao produtor para que ele faça o gerenciamento de sua propriedade e pense em todo o contexto das questões econômicas da sua produção.”


Foram atendidos 1.700 produtores rurais, num total de 88.952 horas, das cadeias produtivas de apicultura, bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, cafeicultura, floricultura, fruticultura perene, olericultura e silvicultura (heveicultura). Os números do primeiro ciclo de assistência demonstram a importância e a força do atendimento aos produtores: foram atendidos 57 grupos (turmas de 2023 e 2024); 1765 propriedades; e 22.238 visitas até o último dia 15.
O atendimento técnico e personalizado, de acordo com cada necessidade, vem trazendo como resultados o aumento na produtividade, diminuição nos custos de produção, fortalecimento das cadeias produtivas, participação dos produtores rurais em feiras e cursos de aperfeiçoamento e o estreitamento na relação entre os produtores atendidos e os Sindicatos Rurais.

Em Mirante do Paranapanema, a ATeG chegou através do sindicato rural da cidade. Para José Robério dos Santos, produtor rural, desde o início do atendimento o técnico de campo fez a diferença, sobretudo pelo atendimento personalizado e a atenção aos mínimos detalhes. “As orientações do técnico têm ajudado muito, desde a correção e adubação de solo até a realização do planejamento forrageiro, controle sanitário e reprodutivo do rebanho e gestão da atividade”, afirma. “Estou bem satisfeito com o que a ATeG tem proporcionado e ensinado. Tivemos aqui uma grande evolução na produção de leite, conseguindo produzir silagem de milho, graças ao sistema de irrigação.”
Israel dos Santos, do município de Iaras, diz que a ATeG impulsionou seu trabalho com apicultura. Segundo ele, foi a atuação do técnico Paulo Forti que o ajudou a melhorar processos em sua propriedade, sobretudo com incremento na produção de cera e de mel. “Ele trouxe novos conhecimentos e com isso pude melhorar o trabalho com as abelhas. Consegui, através das informações dele e do programa, multiplicar os enxames com produção de rainhas, melhoramento de genética, manejo de alta produção de mel e tecnologia na produção de cera, além do controle da parte animal e econômica da atividade de apicultura”, explica Israel.
“Este primeiro ciclo da ATeG em São Paulo foi muito produtivo e muito desafiador também. O mérito é dos sindicatos rurais e dos técnicos que estão em campo e que juntamente com os participantes do programa ajudaram a transformar as propriedades e torná-las negócios mais bem organizados, produtivos e economicamente atraentes”, sintetiza Angelo Morales, Coordenador do Programa ATeG na cadeia animal do Senar-SP.
“Damos as ferramentas e supervisionamos todo o processo, que ainda não terminou. Mas é no campo que o resultado aparece.”