Roberto Franceschetti Filho está preso desde 15 de agosto como principal suspeito da morte de Cláudia Lobo, ex-secretária da instituição, em Bauru (SP). Sindicância interna apura possíveis irregularidades financeiras cometidas pelo então presidente da entidade.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru (SP) anunciou a contratação de uma perícia contábil e financeira para investigar possíveis divergências contábeis e fiscais da gestão de Roberto Franceschetti Filho, preso desde o dia 15 de agosto como principal suspeito da morte de Cláudia Lobo, ex-secretária da instituição.
A medida ocorreu em meio a uma sindicância interna instaurada com o objetivo de apurar possíveis irregularidades financeiras cometidas pelo então presidente da entidade.
Segundo a associação, o delegado Gláucio Stocco, do Setor Especializado de Combate a Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (SECCOLD) da Polícia Civil, juntamente com o promotor Fernando Masseli Helene, está orientando o perito designado pelo Ministério Público e pelo Sindicato dos Contabilistas para garantir a transparência das investigações.
A Apae afirmou, em nota, que, embora a perícia ainda esteja em estágios iniciais e os detalhes das apurações estejam sob segredo de Justiça, reafirma seu compromisso com a ética e que a instituição espera em breve poder fornecer mais informações e esclarecimentos precisos sobre o andamento das investigações.
Ex-presidente e ex-funcionário viram réus
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tornou réus o ex-presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, e o ex-funcionário Dilomar Batista.
A pedido do Ministério Público, a Justiça determinou que Roberto responda pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Dilomar, que trabalhava no almoxarifado da Apae, é acusado de ocultação de cadáver e fraude processual.
O inquérito foi finalizado no dia 10 de outubro e encaminhado ao Ministério Público. No dia 11 de outubro, a Justiça decretou a prisão preventiva de Roberto. Ele permanece preso. Dilomar responde aos crimes em liberdade.
Em nota enviada à TV TEM, a defesa de Roberto disse que recebeu com naturalidade a denúncia da Justiça, uma vez que se trata de ato formal referente ao início da ação penal, mas afirmou que, no momento oportuno, a defesa técnica será apresentada.
Declarou, ainda, que todas as medidas legais estão sendo tomadas para que Roberto possa responder ao processo em liberdade, e ressaltou que, no decorrer do processo, a inocência dele será demonstrada.
Até a publicação desta reportagem, a defesa de Dilomar Batista não se manifestou.
Matéria: g1 Bauru