A admiração é uma virtude. É perfeitamente normal que eu me espelhe em escritores e pregadores melhores do que eu.

É perfeitamente aceitável que você cultive simpatia e encantamento por pessoas que sempre servem de espelho sua profissão ou vida pessoal, principalmente se você tem um foco. Nascemos admirando nossos pais, ainda que inconscientemente, ou seja, a admiração é um sentimento inato.

Imitamos pessoas que admiramos, sem que isso seja algo pejorativo, aliás, costumo dizer que a identidade de cada um de nós é uma colcha formada por retalhos de gente que amamos, pessoas que admiramos, profissionais que imitamos, intelectuais que introjetamos… Paulo, o apóstolo, sem nenhum problema em deformar a identidade dos irmãos da igreja primitiva ou manipula-los, deixa um imperativo categórico:

“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” (1 Co 11.1). Por outro lado, o raciocínio do invejoso é perverso: “Não tenho para mim, nem sempre quero o que é dos outros; mas fico triste e incomodado quando vejo alguém realizar algo. Por isso, vou destruir todas as conquistas de quem me incomoda”.

Isso é inconsciente, na maioria das vezes. Pr. Marcelo Gomes, em uma das suas meditações, diz que o que realmente incomoda o invejoso, não é o que o outro conquistou, mas a felicidade que a tal conquista lhe proporcionou.
Quando falo sobre isso, lembro-me da jovem feliz e sorridente assentada sobre a cama organizando as peças do enxoval, preparando-se para o casamento que aconteceria dali há quinze dias.

A mãe, mal humorada como sempre, adentrou o quarto e foi logo disparando espadas em forma de palavras: “Filha, nunca confie num homem, a menos que ele esteja a sete palmos abaixo da terra.

A mãe na verdade estava sugerindo à filha: “Seja infeliz, assim como eu sou infeliz. Sua felicidade me incomoda.” A inveja não é querer o que o outro tem, mas a felicidade que o outro tem com aquilo que tem, portanto, é uma disfunção emocional e um mal espiritual.

O professor Felipe Aquino diz que a inveja é companheira daquele que não suporta o sucesso dos outros e não se conforma em ver alguém melhor do que ele mesmo. Fique com esta pergunta: “Onde é o limiar entre admiração e inveja?”

Somente você poderá responder.

Que Deus nos abençoe!
 
Rev.  Marcos Kopeska
Pastor da IPI de Chapadão do Sul
Escritor e conferencista
 

   

 

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