A delegação garcense se reuniu em São Paulo com o presidente eleito da FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Tirso Meirelles na segunda-feira, 19 de fevereiro. O encontro ocorreu na sede da instituição e contou com a presença do prefeito da cidade, João Carlos dos Santos; o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Bruno Henrique Severino; os cafeicultores Paulo Ferreira Granchelli e José Carlos de Moraes Filho (Zito); o representante Gabriel Biazotto; Ana Lucia Barros Parente, consultora responsável do Projeto AgroBR/SP; e o diretor da FAESP, Pedro Lucchesi.
A cidade de Garça tem uma forte ligação com a cafeicultura, que remonta à sua fundação. O café desempenhou um papel crucial na história, cultura e economia local, levando à conquista da Indicação Geográfica (IG) Cafés da Região de Garça, não apenas para Garça, mas também para as cidades vizinhas e produtoras de café como Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Cafelândia, Duartina, Fernão, Gália, Guarantã, Júlio Mesquita, Lucianópolis, Lupércio, Marília, Ocauçu, Pirajuí e Vera Cruz.
Essa IG reconhece a região como um dos principais polos produtores de café do Estado de São Paulo, certificando características únicas do café produzido nos municípios integrantes, como encorpado, com acidez equilibrada, doçura natural com notas de chocolate e caramelo, às vezes frutado e cítrico, e retrogosto persistente.
A reunião foi altamente produtiva, proporcionando uma troca de ideias e iniciativas para impulsionar a valorização do café, um produto emblemático para toda a região.
A Ascensão da IG “Região de Garça”: Uma Jornada pela Excelência Cafeicultora
Desde a sua concepção até o recente reconhecimento, a IG “Região de Garça” tem sido uma narrativa de dedicação, qualidade e tradição. Agora, com a chancela de Indicação de Procedência (IP), esta região se destaca como um dos principais polos produtores de café do Estado de São Paulo.
Composta por 15 municípios do centro-oeste paulista, a “Região de Garça” é uma tapeçaria de características únicas: solo, clima, geografia e uma herança de mais de 400 famílias dedicadas à arte da cafeicultura. A espécie “Coffea arábica” floresce nessas terras, proporcionando cafés encorpados, com acidez equilibrada e uma rica sinfonia de sabores, desde o chocolate e caramelo até notas frutadas e cítricas, com um retrogosto persistente.
No coração desta região, a cafeicultura não é apenas uma atividade econômica; é uma tradição compartilhada, uma cultura intrínseca que moldou a identidade dessas comunidades. Os municípios da “Região de Garça” compartilham não apenas a história e a tradição, mas também a geografia, aninhados entre o Planalto de Marília e a majestosa Serra dos Agudos, com suas temperaturas amenas e altitudes favoráveis.
Os cafés que emergem dessas terras não só abastecem o mercado interno, mas também são embaixadores da região, exportados para mais de 20 países ao redor do globo. Em 2009, a “Região de Garça” alcançou um marco histórico em exportação, destacando seu papel crucial no cenário cafeicultor paulista.
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Além disso, o reconhecimento da IG trouxe consigo um novo capítulo na história da região: o Concurso de Cafés Especiais da “Região de Garça”. Lançado em 2018, este concurso visa fomentar e valorizar a produção de cafés especiais, elevando ainda mais a visibilidade e reputação da região no mercado global.
A IG “Região de Garça” não está sozinha nesse panteão de excelência cafeicultora. Juntando-se a outras notáveis regiões produtoras de café no Brasil, como Sul da Bahia, Região do Serrado Mineiro, e Mantiqueira de Minas, ela adiciona sua própria nota distinta à sinfonia brasileira de café.
Este reconhecimento não apenas enaltece a riqueza e a diversidade do café brasileiro, mas também destaca a importância das Indicações Geográficas na preservação da autenticidade e qualidade de produtos regionais. Com 107 IGs registradas no INPI, este é mais um capítulo na história do café brasileiro, uma história de paixão, dedicação e, acima de tudo, qualidade.