A Polícia Civil de Bauru investiga a morte de Maria Eduarda Diello Lima, de 10 anos, ocorrida no dia 28 de abril, no Hospital Estadual de Bauru (HEB). A mãe da criança, Taila Roberta, registrou boletim de ocorrência e pediu à Justiça a exumação do corpo, alegando possível erro médico durante o atendimento hospitalar.

De acordo com o BO, a menina foi inicialmente atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bela Vista, em 20 de abril, com queixas de dor de ouvido. Após ser medicada e liberada, ela retornou três dias depois com dor abdominal e foi transferida ao HEB. Segundo o relato da mãe, Maria Eduarda teria sido submetida a exame de imagem e, posteriormente, encaminhada à cirurgia por suspeita de apendicite.
Após a primeira cirurgia, a criança foi internada na UTI. No dia 25 de abril, passou por novo procedimento cirúrgico. Ainda conforme a ocorrência registrada, a menina sofreu três paradas cardíacas e apresentou falência renal antes de falecer.
Taila prestou depoimento à Polícia Civil na segunda-feira (12) e informou que já deu início aos trâmites legais para tentar esclarecer se houve perfuração de algum órgão da filha durante a cirurgia. Ela busca entender o que agravou o quadro clínico da criança.
A família também realizou uma manifestação no último domingo (11), Dia das Mães. Cerca de 30 veículos participaram da passeata, que saiu do cruzamento da avenida Nações Unidas com a rodovia Marechal Rondon e seguiu até o hospital, onde foi realizado um protesto em frente à unidade.
Maria Eduarda era estudante da Escola Estadual Salvador Filardi, filha do meio entre três irmãos. “Ela chegou ao hospital com dor de ouvido e voltou dentro de um caixão”, lamentou a mãe.
Em nota enviada, o Hospital Estadual de Bauru manifestou solidariedade à família e informou que foi aberta uma apuração interna para averiguar os atendimentos prestados.
“Se constatada qualquer irregularidade, serão tomadas as medidas cabíveis. O hospital reforça que permanece à disposição dos familiares para prestar os esclarecimentos necessários”, concluiu o comunicado.