Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) do Ministério da Agricultura fortalecerá proteção dos rebanhos

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou em dezembro o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB). O anúncio foi feito pelo ministro Carlos Faváro e tem como objetivos qualificar e aprimorar a rastreabilidade ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal identificado.

Ministro Carlos Faváro

A medida fortalecerá os programas de saúde animal, desenvolverá a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçará o compromisso do Brasil com o cumprimento dos requisitos sanitários dos mercados internacionais.

“Não colocamos nenhum peso nos ombros de nenhum pecuarista brasileiro. Na realidade, o que nós estamos fazendo é prestar contas daquilo que eles já fazem, criando um sistema de rastreabilidade que ninguém no mundo tem. No controle sanitário, social e ambiental dos produtores, o regramento brasileiro é a régua mais alta do mundo”, afirmou o ministro.

O Plano, liderado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), com participação de entidades do setor privado, materializou a proposta cujo tema já havia sido intensamente debatido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as Federações estaduais. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos.

O cronograma obedecerá às seguintes etapas: Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. De 2027 a 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.

Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp-Senar-SP

A iniciativa representa um passo importante para a rastreabilidade animal no Brasil e trará benefícios significativos à sanidade e à segurança agropecuária do país.

“O anúncio do Ministério da Agricultura atende a uma demanda que será cada vez mais frequente no contexto das relações comerciais internacionais, e uma política pública de rastreabilidade é oportuna não apenas à pecuária, como para todo o agronegócio nacional”, disse Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp-Senar-SP.

“A rastreabilidade bovina, que já é executada pelos produtores e pelos serviços sanitários animais dos estados, agora, por meio do Plano, demonstrará efetivamente ao mercado a segurança e a confiança nas informações prestadas, e elevará ainda a credibilidade brasileira no cenário mundial a respeito do cuidado sanitário com os rebanhos. Agregando mais valor à produção predominantemente extensiva, tendo o pasto como a principal fonte de alimentação em vez do confinamento, o que contribui para a pecuária carbono zero”, conclui Tirso.

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