O presidente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge está alertando os comerciantes associados e a população em geral, para um novo golpe que vem circulando na Internet, relacionado ao pagamento de uma taxa pela utilização do PIX. Criminosos estão usando boletos falsos, com a identidade visual do fisco, para cobrança de taxas, que não existem, sobre transações com valores acima de R$ 5 mil.
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“Não se deve pagar nada, caso recebe esta mensagem via Internet”, alertou o dirigente. “Uma vez efetuado o pagamento, não se consegue recuperar o valor”, avisou ao solicitar maior atenção e ignorar qualquer mensagem neste sentido.
Segundo o dirigente mariliense os golpistas informam às possíveis vítimas que há uma suposta cobrança de taxas pela Receita Federal sobre transações via Pix em valores acima de R$ 5 mil. Eles alegam que, caso o pagamento não seja feito, o CPF do contribuinte será bloqueado e para tornar a fraude mais convincente, utilizam o nome, as cores e os símbolos oficiais da Receita Federal, que já divulgou nota oficial de que “não existe tributação sobre Pix e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira”.
Para o presidente da associação comercial de Marília é importante que empregadores e empregados sejam bem informados sobre esta situação, pois, todos estão sujeitos a receber a mensagem com o boleto bancário. “É tudo falso”, destacou o dirigente.
Para o superintendente da associação comercial de Marília, José Augusto Gomes, o golpe é bem semelhante a antiga tentativa dos marginais em passar o “boleto falso”, na cobrança de um imposto qualquer. “Os bandidos são criativos e sempre procuram melhorar o golpe”, alertou o dirigente de Marília que também pede muita atenção com as mensagens eletrônicas, principalmente a que estão relacionadas à cobrança.
“Por isso a importância de se ter sempre um documento que comprove a existência do débito, em se tratando de uma cobrança qualquer”, exemplificou o dirigente ao sugerir que não se pague nada, sem antes se informar do que se trata. “Mesmo em situação de pressão, que não deixa de ser um sinal de possível golpe”, falou ao lembrar de que os golpistas sempre se aproveitam dos comerciantes desinformados, e que se preocupam com adimplência. “Muitos empresários que temem serem inadimplentes, pagam primeiro para depois saber do que se trata”, falou o dirigente.
Carlos Francisco Bitencourt Jorge diz que nestes quatro anos após começar a operar, o Pix ganhou em 2024 tração como meio de pagamento no comércio. Dados do Banco Central e das empresas de maquininhas apontam que a adoção acelerou ao longo do ano, e a expectativa é que aumente com o Pix por aproximação, que vai eliminar o maior obstáculo a um uso mais frequente: a necessidade de abrir o aplicativo do banco para fazer uma operação.
“Os pagamentos de pessoas para empresas chegaram a 40% do total de transações de Pix em novembro”, disse o presidente da associação comercial de Marília, ao lembrar que o uso do QR Code dinâmico – aquele que aparece no visor da maquininha – para iniciar um Pix saiu de 29% para 36% do total em cerca de um ano.
“Esse método demonstra que o sistema criado pelo BC ganhou espaço principalmente no varejo físico”, falou ao afirmar que na internet, o Pix tem espaço importante: tomou mercado do boleto bancário, uma forma de pagamento que leva mais tempo para ser processada, e que aumentava a desistência das compras por parte dos consumidores.
“Diante disso tudo, é importante que o comerciante fique atento e na dúvida não pague”, orientou o dirigente de Marília preocupado com o varejo local. “Hoje em dia está difícil trabalhar no comércio, e ainda ser vítima de golpe, torna-se mais difícil manter a empresa”, lamentou.