A Universidade de Marília (Unimar) foi palco do lançamento da websérie “Não Sou uma Imagem: Desconstruindo Representações Midiáticas”, idealizada e dirigida pela docente do curso de Publicidade e Propaganda, Prof. Dra. Inês Godinho.

A produção, que traz uma reflexão profunda sobre os impactos das representações midiáticas na sociedade, é resultado de um trabalho coletivo que envolveu acadêmicos da instituição e foi financiada pelo edital 011-2023 da Lei Paulo Gustavo.

Com o objetivo de revelar como as imagens reproduzidas pela mídia podem reforçar preconceitos e discriminações, a websérie é composta por depoimentos de oito jovens que relatam suas experiências em relação a marcadores sociais como gênero, raça, cor de pele e tipo de corpo. De acordo com a professora Inês Godinho, os depoimentos revelam as vivências e dores pessoais de cada aluno, proporcionando um retrato íntimo e tocante.

“Cada capítulo traz a voz de pessoas que abriram o coração para compartilhar suas angústias e as violências que vivenciaram, muitas vezes revelando histórias que nunca haviam sido contadas antes. Foi um processo doloroso, mas profundamente transformador”, destacou a docente.

A websérie apresenta uma narrativa que alterna depoimentos dos participantes com imagens que ilustram as discriminações e preconceitos discutidos.

Dividida em quatro episódios que fala sobre: Machismo, Homofobia, Racismo e Corporalidade, a produção traz relatos de 18 jovens que refletem sobre como representações midiáticas em filmes, telenovelas, anúncios de revistas, comerciais de TV e redes sociais digitais podem impactar negativamente suas vivências.

“As imagens, frequentemente associadas a questões de gênero, cor de pele e tipos de corpo, acabam por reforçar preconceitos que perpetuam atos racistas, machistas, homofóbicos e a exclusão de corpos fora dos padrões estabelecidos.

O projeto vai além de expor experiências individuais, criando um espaço de acolhimento e reflexão tanto para os depoentes quanto para o público”, explica Inês.

A professora enfatizou a importância do apoio financeiro proporcionado pela Lei Paulo Gustavo, que viabilizou o projeto e impulsionou o mercado artístico local.

“A Secretaria de Cultura de Marília foi fundamental para trazer esse aporte, que beneficiou não apenas o audiovisual, mas também áreas como teatro, circo e festivais.

O festival de cinema realizado em Marília este ano foi possível graças a essa lei, assim como outros projetos culturais que movimentaram a cidade”, afirmou.O lançamento na Unimar foi especialmente significativo, considerando que muitos dos depoentes são acadêmicos do curso de Publicidade e Propaganda.

“Escolhi fazer o lançamento aqui porque grande parte das histórias e das reflexões que construímos nasceram dentro da Universidade, com os próprios alunos compartilhando suas vivências e opiniões.

Não haveria lugar mais adequado para apresentar o resultado desse trabalho pela primeira vez”, explicou Inês.A websérie “Não Sou uma Imagem” reforça o papel da Instituição no desenvolvimento cultural e social.

O projeto simboliza a união entre academia, cultura e sociedade, mostrando como a arte pode ser uma ferramenta poderosa para questionar, desconstruir e transformar a realidade.

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