Votação foi realizada na tarde desta segunda-feira (9). Investigação apura a prática de crimes de corrupção ativa e passiva e sonegação fiscal

Vereadores de Jaú foram afastados após operação do Gaeco e da PM — Foto: Gabriel Pelosi/TV TEM

Por g1 Bauru e Marília

A Câmara de Jaú (SP) aprovou, na tarde desta segunda-feira (9), a abertura de uma Comissão Processante (CP) para votar o processo de cassação dos mandatos dos vereadores José Carlos Borgo (PDT), Luiz Henrique Chupeta (PP) e Mateus Turini (PDT), afastados de seus cargos pela Justiça devido à Operação Terra Roxa do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

A votação para decidir sobre a abertura do processo de cassação contou com a participação de todos os vereadores, com exceção do presidente, que não vota, a menos que haja empate.

Apenas os suplentes dos vereadores José Carlos Borgo, Fábio da Saúde, e Matheus Turini, Fernando Barbieri votaram contra a aceitação do pedido de cassação, enquanto todos os demais votaram favoravelmente.

Com a aprovação, foi realizado o sorteio para a formação da Comissão Processante (CP), que terá a responsabilidade de analisar o mérito do pedido feito à Justiça por um morador da cidade.

Os três vereadores sorteados para compor a comissão são Marcos Brasil Despachante, Chico Quevedo e Willian Oliveira.

Após o sorteio, a sessão foi suspensa para que os membros da Comissão Processante definissem suas funções. Assim, Marcos Brasil Despachante foi designado como presidente da comissão, e Chico Quevedo assumirá o papel de relator, enquanto Willian Oliveira atuará como membro.

A comissão agora iniciará os trabalhos para avaliar detalhadamente a solicitação de cassação dos mandatos dos vereadores afastados.

Operação Terra Roxa
No dia 5 de julho, a operação do órgão do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), batizada de Terra Roxa, cumpriu 26 mandados de busca e apreensão na cidade, incluindo contra os vereadores José Carlos Borgo (PDT), Luiz Henrique Chupeta (PP) e Mateus Turini (PDT), que tiveram os mandatos suspensos pela Justiça.

A investigação apura a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos públicos, adulteração de sistemas de informações da administração pública e sonegação fiscal, que teriam como finalidade facilitar negócios empresariais na cidade.

Além dos três vereadores, dois servidores da cidade, alvos da ação, também foram afastados dos cargos.

A ação ainda fez buscas e apreensões de documentos e computadores nos gabinetes de outros quatro vereadores da cidade: Luizinho Andretto (Podemos), Tito Coló Neto (União Brasil), Fábio Souza (PP) e Fernando Toledo (MDB). Houve a imposição de medidas cautelares a nove investigados.

O que dizem os vereadores
Em nota, à época, Luiz Henrique Chupeta afirmou ser inocente e disse que as alegações são infundadas e baseadas em distorções dos fatos.

Mateus Turini também negou as irregularidades e informou que vai tomar as medidas judiciais para reverter a decisão.

Já José Carlos Borgo não retornou ao contato.

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