Relatório divulgado pela StandWithUs Brasil aponta apoio da rede Samidoun em manifestações e eventos

Movimento de ocupação realizado na Universidade de São Paulo (USP) conta com a participação do grupo Samidoun, reconhecido como terrorista pelo Canadá e por Israel. A ocupação está sendo realizada desde o dia 7 de maio e é liderado pelo Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP), coletivo estudantil que realiza “atividades e atos políticos denunciando o apartheid que Israel pratica contra o povo palestino e a conveniência da universidade nesse processo”.

A denúncia foi realizada por um relatório divulgado pela StandWithUs Brasil, organização que promove a educação sobre Israel e combate o antissemitismo. A rede Samidoun, que apoia a ocupação dos estudantes, é um grupo promovido por membros da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), organização reconhecida como terrorista por países como Estados Unidos, Japão, Canadá, Reino Unido e Israel.

O que é Samidoun?

A Samidoun foi fundada no Canadá em 2011, por membros da FPLP, e se autodenomina como uma rede internacional de organizadores e ativistas em solidariedade aos presos palestinos que busca conseguir “justiça” para eles promovendo diversos eventos que enaltecem terroristas, principalmente membros da Jihad Islâmica Palestina e FPLP (Frente Popular pela Libertação da Palestina). Leila Khaled, presa pelo sequestro de dois aviões nos anos de 1969 e 1970, foi uma das pessoas que praticaram terrorismo e que marcaram presença em eventos realizados pelo grupo.

Canadá e Israel designaram a Samidoun como organização terrorista e “uma subsidiária da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP)”. Alemanha e a União Europeia já baniram o grupo e seus membros de seus territórios. Em maio de 2019, PayPal, DonorBox e Plaid encerraram as doações online para Samidoun devido às suas alegadas ligações à FPLP.

Khaled Barakat, identificado pela FPLP como “coordenador” da Samidoun, é um membro do comitê central do grupo e foi proibido de entrar na Alemanha e na União Europeia em 2020 e 2022, respectivamente. Em 2023, no entanto, Barakat participou de um evento realizado em São Paulo para o lançamento de um livro do jornalista Breno Altman, de teor antissionista.

Posição da StandWithUs Brasil

O cientista político e presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, aponta que “além dos estudantes glorificarem o Hamas, considerado um grupo terrorista, em suas manifestaçǒes, entidades consideradas terroristas participam e organizam esses atos entre os estudantes. Isso é extremamente preocupante. Defendemos a liberdade de expressão de todos os estudantes, mas quando isso se aproxima de atos antissemitas, antissionistas – que por si só, é uma atitude antissemita também – e do terrorismo, precisamos repensar a legitimidade desses atos”.

A organização educacional também se pronunciou hoje (8) em nota oficial sobre o acampamento realizado na USP, na qual declara que “como instituição educacional, a StandWithUs Brasil é a favor da livre manifestação nos campi universitários. Porém, esperamos que, no Brasil, ao contrário do que se viu em universidades dos Estados Unidos e na Europa, atos estudantis não se transformem em discursos de ódio e violência antissemita”.

A instituição ainda reforça nesse comunicado que “o Brasil sempre foi um país onde árabes e judeus viveram em paz. É urgente que não sejam importados para cá falas e ações de ódio, que não aliviam em nada o sofrimento de israelenses e palestinos envolvidos na guerra ainda em andamento e, ao mesmo tempo, apenas serviriam para envenenar a nossa sociedade”.

Acesse as redes sociais oficiais da StandWithUs Brasil para ler a nota completa com o posicionamento da organização a respeito dos acampamentos realizados na USP: https://www.instagram.com/p/C6t8Z8dLvnx/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==

Confira o link do relatório completo da participação da Samidoun na ocupação na Universidade de São Paulo: https://bit.ly/Relatório_Samidoun

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