Após um período de testes e algumas dificuldades enfrentadas em estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a tecnologia de cobrança de pedágio sem cancela, conhecida como free flow, está prestes a ser implementada em São Paulo. A primeira rodovia a receber essa inovação será a Ayrton Senna, conforme apurado pela nossa redação. Todo o sistema já está instalado e operante, o que já é perceptível para os motoristas que transitam na direção do interior partindo da capital.

Fontes ligadas à Ecopistas, responsável pela via, afirmam que a cobrança pelo free flow começará a funcionar em breve. Isso representa um avanço significativo, permitindo que a concessionária siga expandindo os pagamentos virtuais. Atualmente, 80% da receita é obtida de forma eletrônica, com 70% provenientes de cobrança em tags e 10% em cartões. Com a implementação do free flow, espera-se alcançar 100% de cobrança eletrônica em um curto período após o início das operações.

O sistema free flow, já presente em estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, utiliza câmeras para identificar a placa dos veículos e realizar a cobrança de forma automática enquanto o tráfego flui. Isso elimina a necessidade de postos de parada ou de sistemas como o Sem Parar, que muitas vezes podem causar congestionamentos nas estradas. Além disso, o sistema é capaz de identificar características dos veículos, como altura, largura, comprimento e quantidade de eixos, para determinar a tarifa adequada.

Uma novidade futura é a introdução de cobranças proporcionais à quilometragem percorrida pelos veículos. A concessionária CCR-Rio Santos informa que essa modalidade estava prevista apenas para 2025 em um trecho da Região Metropolitana de São Paulo, entre São Paulo e Arujá. Além disso, a partir de 2026, não serão mais aceitos pagamentos em dinheiro vivo ao longo dos mais de 3.600 km em cinco estados onde a empresa atua, incluindo São Paulo. Essa medida visa reduzir congestionamentos, e será acompanhada por melhorias nas pistas.

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A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) destaca que a etapa experimental do sistema free flow poderá durar até 36 meses a partir do início dos testes, realizados em março de 2023.

Com a implementação desse novo sistema, é natural que muitos motoristas se sintam confusos. Para evitar problemas, as concessionárias recomendam que os condutores verifiquem antecipadamente se a rodovia que irão utilizar opera no sistema free flow e conheçam as formas de pagamento disponíveis, que podem variar de acordo com a concessionária e a rodovia.

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